Parte 9 - Andréia

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Os dias foram passando rapidamente dentro da sala do Diego. Chefe e secretária aprendendo juntos essa coisa de trabalho em equipe. Aos poucos, fui começando a gostar dele. Ele não era mais tão chato, parou de revirar os olhos quando eu o chamava pelo nome, e logo ele já estava me chamando de Déia. Déia, não era nem Andréia.

Em compensação, ele nunca mais tinha jogado uma indireta sexy como aquela daquele dia. Ou aquele dia também nem tinha sido sexy, e eu é que estava vendo coisa onde não tinha. A gente passou a almoçar todo dia juntos, e logo eu já estava até comendo macarronada na frente dele.

A única coisa ruim de tudo isso, era a maneira como todo mundo me olhava dentro da empresa. Eu parecia aqueles animais exóticos no zoológico, que as pessoas passam olhando cada detalhe, para ver o que pode ser mais bizarro. Até a Bel e a Carmen não falavam mais comigo direito. Elas reclamavam que eu passava o tempo todo em volta do Diego. Mas ele era meu chefe. O que eu ia fazer? Era com ele que eu trabalhava agora. Além do mais, ele estava me ensinando muita coisa.

- Então você está trabalhando com o senhor magnífico agora? – debochou minha irmã.

Só ela mesmo. Eu nem o chamava de senhor magnífico. Era senhor rabugento, senhor multinacional, mas magnífico nunca. Ele realmente era magnífico, mas eu não ia chamar ele assim na frente da implicância em pessoa, minha irmã.

- Na verdade, eu trabalho com o Diego, senhor nada. Nada demais. – menti.

Minha irmã deu aquele sorrisinho típico dela que eu odeio e disse:

- Sei.

Ok. Não vou dar mais corda para essa conversa chata, ou vou acabar me enforcando. Melhor sair de fininho e deixar ela de lado.

***

- Ei, onde você pensa que vai? Hoje você vai almoçar com a gente. – disse Bel, quando me viu indo ao refeitório junto com o Diego.

Ele era bem educado e foi indo na frente, enquanto eu parava para falar com a Bel.

- Bel, eu e o Di estamos cheios de trabalho e... –Ela me interrompeu.

- Di, Déia? Di? Há dois meses ele era o senhor multinacional implicância, e agora é o Di? Desde quando você passou a gostar dele? – acusou ela.

Nossa, a Bel estava chata. Não era ela quem achava o Diego o máximo? Só ela podia achar?

- Ainda acho que ele é o senhor multinacional, mas é ele quem paga meu salário.

Eu não devia ter dito isso. O Diego achou ruim a minha demora e voltou para ver o que estava acontecendo. E voltou bem a tempo de me ouvir chamando-o de senhor multinacional. Droga. Na terceira é justa causa, não é? Estou ferrada, com F maiúsculo.

Justa CausaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora