Parte 25 - Andreia

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A campainha tocou e fui atender. Estranho. Ninguém nunca aparece aqui a essa hora. Fiquei com medo de que fosse o Lucas. Tentei espiar pelo buraco da fechadura, não deu.

- Quem é? – perguntei.

- É o Di. – respondeu. Abri a porta aliviada.

- Aconteceu alguma coisa? – perguntei. O Di nunca vinha me buscar em casa para ir ao trabalho. Ele sempre ia bem antes para a empresa.

- Não quero ir sozinho.

Abracei-o. Coitadinho do meu Di. Não queria que ele passasse por isso. Eu já odiava aquele tal de Augusto. Onde já se viu ameaçar o próprio sobrinho dessa forma? Mas o que eu podia fazer? Só estar ao lado dele.

- Você vai ter que esperar um pouco. Ainda não estou pronta. – disse fechando a porta depois que ele entrou.

Ele ficou sentado na sala, enquanto eu passava de um lado para outro tentando me arrumar. Era muito ruim me vestir com ele por perto. Era como se não houvesse privacidade alguma ali. Experimentei uma, duas, três e quatro mudas de roupa. E nenhuma pareceu boa o bastante. Eu gostaria de estar linda quando encontrasse a vaca destruidora de corações. Mas aquilo parecia tão difícil. Se eu ao menos soubesse como ela era, ficava mais fácil, ou não. Ela devia ser realmente linda. Alta, loira e magra. Droga. E rica. E o Di já tinha sido noivo dela. Eu odiava isso. Ele não devia ter sido de mais ninguém. Só meu. Só de imaginar que outra mulher já tinha estado ao lado dele, me incomodava. Mas eu sabia que essa era uma atitude infantil. O cara tinha trinta e dois anos. Lógico que eu não seria a primeira na vida dele.

- Uau! – disse ele, quando voltei já vestida para a sala. – Hoje nós vamos sair. – completou, vindo me dar um beijo. – E não haverá desculpas.

Eu sorri. Havia pego um vestido da Su. Era um vestido preto, que desenhava muito bem o corpo, mas não chegava a ser justo. E era da altura ideal. Um palmo acima do joelho.

- Vamos. – chamei, puxando-o para fora.

***

- Tio Augusto. O que você faz aqui?

Então aquele ali era o tal tio Augusto? Não gostava dele antes. Gosto menos agora. Quando ele ouviu a voz do sobrinho, virou-se para nós.

- Quer dizer que é com essa vadiazinha que você está saindo agora?

Vadia? Ele disse vadia?

- Não fale assim da Déia, tio. – respondeu o Diego, apertando minha mão.

- Ora, ora. A vadia tem nome. Ela fala também?

Tentei me soltar da mão do Diego, mas ele não deixou. Eu ia falar alguma coisa. Falar, não, eu ia gritar. Mas então, alguém entrou. Um senhor, mais velho que o próprio tio do Di e uma... uma... uma piranha. Que devia ser uns dois anos no máximo mais velha que eu. Nossa, como o Di podia ter sido noivo de um negócio daqueles? Ela era realmente alta, loira e magra. Mas aqueles peitos deviam ser para lá de siliconados. E aquele cabelo? Que cor era aquela? Ela com certeza não era loira de verdade.*

Justa CausaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora