Parte 15 - Andréia

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O domingo passou sem nenhuma novidade. Pelo menos o cretino do Lucas não apareceu. O que era bom. Mas o Di também não deu sinal de vida. Já era noite quando eu recebi uma mensagem.

Tenho uma surpresa. Não se atrase amanhã. Di.

Surpresa? Que tipo de surpresa? Adorava surpresas. Dormi vendo coraçõezinhos por toda parte.

Cheguei ao trabalho meia hora antes do expediente. Corri para a sala do Di. O que ele havia aprontado?

- Você é um bobão. – falei rindo quando abri a porta e percebi que ele tinha retirado a minha mesa da sala. E minha cadeira voltara para o lado dele. Me atirei na cadeira.

- Para falar a verdade, eu estava com saudade de te ter aqui do meu lado. – disse ele.

Alguém trás um copo d'água que eu quero desmaiar.

- Como você sabia que eu ia estar no restaurante? – perguntei lembrando que tinha coisas que eu gostaria de saber.

- O Saborys é meu. – revelou ele, com aquela mesma voz melancólica que ele falara quando chegamos na casa dele e ele me perguntou se eu gostava da decoração.

O que mais ele tinha? Até onde eu sabia, ele só era sobrinho do dono da empresa, só isso. O que já era coisa demais. E agora isso? Será que ele voava também e não tinha me contado? Não, não. Isso não.

- Eu imaginei que o Lucas ia querer fazer algo do tipo. Então mandei me avisarem se houvesse alguma reserva no nome de Andréia Rodriguez ou Lucas Souza. – continuou ele.

Nossa. Isso que eu chamava de preocupação. Mas agora tinha outra dúvida, como ele imaginava que o Lucas ia fazer alguma coisa do tipo?

- Di, mas por que você pensou que o Lucas poderia aprontar? – perguntei.

Ele riu.

- Déia, eu não tenho dezoito anos.

Ótimo. Valeu por me lembrar que sou uma pirralha e você um homem super experiente.

- Mas tente não pensar nisso. Ele pagou bem caro por fazer isso com a minha secretária favorita. – disse ele.

- Di, eu sou sua única secretária.

- Por isso mesmo. – disse rindo.

Sim, o Di podia não ter dezoito anos, mas era um bobão.

- Mas o que você quis dizer com pagar caro? Quer dizer, literalmente? – perguntei curiosa.

- Super literalmente. Certifiquei-me que ele não teria dinheiro para pagar a conta. Foi por isso que ele não apareceu na sua casa ontem. Passou o dia lavando os pratos. E hoje vai lavar o banheiro. – disse ele todo orgulhoso.

Justa CausaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora