Parte 23 - Andréia

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- Você foi num motel com o chefe? Ahhhhh, que máximo.

- Bel, fala baixo, por favor – eu pedi. Fui mais cedo ao trabalho, mas ao invés de subir direto para o escritório como de costume, resolvi passar no escritório sete antes para falar com as meninas.

- Mas e agora, Déia? E se você for demitida? E se você engravida? Você é louca, Déia.

- Ei, calma Carmen. – eu pedi. – A gente usou camisinha, tá? E não acredito que o Di vá me demitir por causa disso. Ele realmente gosta de mim. E eu gosto dele.

- Ahhhh, que máximo. – repetia a Bel.

A animação da Bel era meio sem medidas, mas era melhor do que toda a desconfiança da Carmen. Nossa, ela chegava a ser chata.

- Bem meninas, preciso trabalhar. Beijos. – e subi correndo ao escritório.

- Di. – foi a única coisa que consegui dizer quando abri a porta.

Ele levantou da cadeira, fechou a porta e me deu um beijo.

- Fiquei com saudades.

- Eu também. – consegui dizer. – Mas achei que não haveria mais tantas rosas depois de ontem à noite. Você tem um roseiral? – caçoei.

- Não. Mas é uma boa ideia. Vem. Quero que você me ajude com alguns detalhes para amanhã.

Droga. Eu já havia esquecido daquilo. Encarar a Cínthia, frente a frente? Acho que era demais para mim. O que a gente ia fazer? Como eu e o Di iríamos convencê-los a não comprar as ações? Ele já tinha me dito que ia ser quase impossível, mas convenci-o a tentar. Mas agora, já não sabia se isso era uma boa ideia. Eu não queria o meu Di perto dela.

O resto do expediente passou normalmente, mas eu ainda estava apreensiva com tudo aquilo. Era coisa demais para mim. Será que eu havia feito a coisa certa ficando com o Di? Na noite passada, parecia realmente bom e certo. Mas agora, sentada ali, do lado dele, eu não parava de pensar que havia me precipitado. E se o Di só estivesse comigo para esquecer a Cínthia? Eu não tinha coragem de perguntar isso a ele. O medo da resposta me fazia ficar calada.

- Quanto custa seus pensamentos? Estou pronto para pagar por eles. – disse sorrindo.

Dei um sorriso tímido.

- Déia, o que foi?

O que foi? O que foi é que você é um cretino e me levou ontem para aquele lugar porque sabia que eu não ia conseguir dizer não. O que foi é que você ficou todo esse tempo se fazendo de bom moço, e na verdade não é. O que foi é que você só me queria para esquecer a Cínthia. Só foi isso. E agora, você vai me largar e eu vou ficar por aí, sofrendo.

- Déia, por favor. Estou preocupado. O que foi? – perguntou ele, me abraçando.

E então comecei a chorar. Eu nem sabia por que estava chorando, mas essa coisa toda era muito louca. Eu gostava tanto dele e nem sabia se devia gostar. Acho que eu não devia ter ficado com ele. Agora, amanhã o Di iria encontrar com a Cínthia, perceber que ele gostava dela, e ia me deixar, e...

- Por favor, Déia. Me conte o que está acontecendo? Eu fiz alguma coisa errada?

Fez. Fez tudo errado. Fez tudo certo demais.

- Não. – respondi.

Ele me deu um beijo.

- Por favor, não chore. Ih, olha só. – disse ele olhando para o relógio. – Já está na hora de irmos para casa.

****

- Janta comigo hoje? – perguntou ele, quando parou o carro em frente a minha casa.

- Hoje não. Quero descansar um pouco. – menti.

- Vou ter que pintar todo o apartamento de branco de novo, senhorita Rodriguez?

Eu ri.

- Nada disso. Já fiz minha boa ação.

- Negar favores é uma coisa muito feia. É sempre bom ajudar um senhor velhinho. – disse ele rindo.

Dei um beijo nele.

- Sei. Preciso ir. – falei abrindo a porta e corri para meu quarto.

- O que foi, Déia? – perguntou minha mãe, sentando ao meu lado na cama.

- O Di, mãe. – respondi.

- Ele te fez alguma coisa, filha? Porque se ele te fez, ah, ele vai ver só.

- Não, mãe. Fez. Mais ou menos. Não sei. Ah, mãe. Eu gosto tanto dele. – respondi.

Ela riu.

- Ô Déia, ele também gosta muito de você, minha filha. Dá para ver só no jeito dele olhar para você.

- Mas tá tudo errado. Ele tinha uma noiva, mãe. Noiva. E agora o tio dele quer que ele feche negócio com ela. Se ele não fechar, ele perde o emprego. Mas eu não quero aquela... aquelazinha perto do meu Di. Mas não posso pedir isso para ele, mãe. Não posso pedir para ele perder o emprego por minha causa.

- Poder você pode, filha. Mas não deve. Além do mais, eu acho o Di um ótimo rapaz. Dê uma chance a ele. – e dizendo isso, ela saiu do quarto e me deixou ali. Sozinha. Eu e meu ciúme.

Olá, galerinha linda :) 

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Olá, galerinha linda :) 

E aí, será que a Déia tá com razão? Será que o Di gosta mesmo dela? E como eles vão lidar com a Cínthia? Façam suas apostas!!!!! 

Um beijão :) 

Justa CausaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora