DOZE

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Danna: Os Bastardos do Lote 502

Los Angeles, Califórnia

— Dora? — sussurrou enquanto acariciava o rosto delicadamente pálido à sua frente. — Princesa? — chamou ao ver a jovem abrir os olhos devagar e sorrir para ele.

— Que horas são, amor? — perguntou ela após lhe dar um selinho.

— Já são quase 20 horas e eu preciso deixar você na sua casa em uma hora.

— Ah, não! Não quero ir embora, Jean! — declarou virando de costas para ele.

— Princesa, eu avisei que ia viajar essa noite, tenho um voo para as 22h, lembra? — falou acariciando os seus cabelos longos e loiros, afastando-os em seguida e depositando um beijo demorado em sua nuca.

— Posso te esperar aqui, amor — falou levando uma das mãos para trás, tocando a virilha e em seguida o sexo do namorado, que já dava sinais de querer enrijecer.

— Hum — gemeu com o carinho. — Já falamos sobre isso, Dora! Continue... — respondeu ele excitado.

— Não — retrucou ela se virando de frente para ele. — Minha mãe já aceitou nosso namoro, ela adora você! Por que essa paranoia de que pode, a qualquer momento, contrariá-la? Que mal há em dormir no apartamento do meu namorado e em breve noivo?

— Dora, minha princesa, só não fico tranquilo com o fato de você ficar sozinha nesse apartamento quando viajo, não acho que seja seguro, entende?

— Estamos numa das maiores coberturas de Los Angeles — constatou rindo. — Se aqui não é seguro...

Jean a interrompeu com um beijo.

— Não, Dora! Só não quero você sozinha aqui, quando pode ficar mais confortável na sua casa, rodeada de pessoas para cuidar de você.

— Eu sei cuidar de mim, Jean! — retrucou irritada.

— Não, não sabe! Além do mais, não daria tempo de abastecer a geladeira e...

— Posso pedir pelo telefone...

— De jeito nenhum! Não adianta insistir, princesa, não há nada que você diga que me faça mudar de ideia em relação a isso.

— Tem certeza? — perguntou provocativa, puxando o cobertor para cima da sua cabeça.

— Dora... — chamou, mas se calou ao sentir a namorada abocanhar o seu membro agora totalmente rígido.

— Quer que eu pare? — perguntou ela debaixo da coberta.

— Não ouse! — respondeu apoiando uma das suas mãos sobre a cabeça da namorada, incentivando-a a continuar.

— Como estou? — Jean perguntou ao terminar de abotoar a manga da camisa lilás.

— Gato como sempre! — respondeu Dora enrolada na toalha de banho. — E muito gostoso por sinal! — concluiu, ao que ele sorriu em agradecimento.

— Vista-se, amor, ou sairemos atrasados.

— Ok — respondeu com um muxoxo. — Jean? — chamou enquanto se desenrolava da toalha.

— Oi, princesa! — respondeu penteando os cabelos castanhos com os dedos em frente ao espelho.

— E o nosso jantar de noivado? Já era pra ter acontecido, não? — Encarou-o.

— Dora, meu amor, tenho viajado tanto... Não acha melhor noivarmos quando eu não precisar me ausentar tanto da cidade? — perguntou sorrindo, disfarçando o desconforto que aquela pergunta lhe causara.

Quando os Pássaros Pousam e Outros Contos PsicopáticosWhere stories live. Discover now