O Elemento Oculto - A Busca

Capítulo 14

     Corri para trás de Jenna enquanto pegava a adaga. Ela estava tão concentrada em Erik que só percebeu minha presença quando eu enfiei a adaga nas suas costas. Por um momento, me senti satisfeita ao ver seu sangue se espalhando ao mesmo tempo que sumia em luzes.
Olhei para Zig e Erik e só consegui ver uma luz azulada.
     —Não! — gritei quando a luz sumiu.
     Voltei para ele o mais rápido que pude. Ele estava ajoelhado no chão, apoiado em sua espada, enquanto Erik estava um pouco distante, cercado por rochas flutuantes. Pitter e Emi estavam de costas para eles.
     Antes de eu conseguir alcançá-los, Zig lançou um raio de gelo tão forte que precisei cobrir os olhos com o braço. Quando o clarão se foi, a cena se inverteu: Zig agora estava de pé envolvido por raios azuis claro e Erik estava caído no chão.
     Enquanto Zig caminhava em sua direção, ele lançou todas as rochas que o envolvia em Emily.
     —Emi! — gritei desesperada.
     Houve uma grande explosão seguida por luzes que, assim que sumiram, os dois já não estavam mais lá.
     Uma fúria tomou conta de mim. De repente eu não ouvi mais nada, apenas um agudo ruído. Senti meu corpo pegar fogo, meus olhos ficaram brancos e meu cabelo ficaram laranja. Não conseguia controlar meu corpo e meu coração ficava cada vez mais quente.
     Sem ordem, um monte de chamas foram em direção a Erik, que gritou de dor quando foi atingido. Seu grito parecia vir da alma, como se tivesse se queimado mesmo.
     —Akira! — ouvi a voz de Zig ao fundo —Akira! Akira!
     Só voltei quando ele me chamou diversas e balançou meu corpo. Olhei confusa ao redor e para ele em seguida.
     —Você está bem?
     —O quê aconteceu? — perguntei.
     —Você ficou totalmente fora de si, usou muito poder. — me abraçou — Isso é só um jogo, fica calma.
     Mas eu não me sentia em apenas um jogo, era tudo muito real para mim. Emily sendo morta, o prazer em ver o sangue de Jenna se espelhando e a raiva que senti, nada parecia ser apenas parte de um jogo.
     —Ei. — me soltou do abraço, segurou nos meus ombros e mexeu nos meus cabelo já vermelhos — Conseguimos o que o velho queria, fomos os últimos. Agora vamos voltar pra entrada da floresta, tá?
     Assenti sem falar nada, ainda me sentia atordoada.