Praia, mar, Sol e... Henry

4.9K 326 113
                                    

"Eu não sabia que estava faminta até que provei você"

Ergo meu rosto em direção ao céu, elevo uma das mãos interceptando a intensidade de luz que chega até meus olhos. O céu está limpo, sem qualquer resquício de nuvem. Cristo! Dormi e acordei no inferno.


Amo morar em Los Angeles mas o calor que faz na Califórnia em certas épocas do ano é sufocante. Faço mais uma pausa para hidratação,  Deus que calor é esse? Parece que Jane acertou perfeitamente no dia de ir à praia.

 
Direciono mais um jato da água, que encontra-se no squeeze, para minha boca. Arrumo o chapéu que encontra-se na minha cabeça mais parecendo um sombreiro e continuo minha tarefa.

Vou com a mini roçadeira para lá e para cá, fazendo zig zag por toda grama que fica na frente de casa.

- Claire. – Sra. Julie Moore, minha vizinha me chama. – Querida cortando grama nesse sol pobrezinha, vou providenciar agora mesmo aquela limonada para você.

- Bom dia Sra. Moore. – Ela foi a primeira vizinha a me dar boas-vindas quando me mudei para esse bairro.  - Como vai hoje? Não precisa se incomodar, já estou terminando aqui.

Certo dia após minha mudança, lá estava eu rodeada por caixas e mais caixas, tentando decidir por onde começar a organizar tudo. Quando a campainha tocou lá estava ela com seu sorriso doce e uma bandeja repleta de cookies. Foi amor à primeira vista. 

- Minha querida não é incomodo nenhum e quantas vezes preciso lhe dizer que Juan Carlos faz esse trabalho por um preço muito bom? Vou em casa e já volto. Não se mexa.

Então retomei meu serviço de jardinagem.

- Bom dia Claire. – Ah meu Deus quanta interrupção. Desse jeito não conseguirei terminar a tempo. – Lindo dia hm?

Dessa vez é John Scoth, um cara que mora a três casas da minha. Ele e sua esposa Mary também foram os primeiros a me receberem na vizinhança. John é alto, porte atlético e segundo Jane, muito gostoso, não que eu discorde. Mas o que ele tem de gostoso tem de safado, leva a vida dando cantadas em todas as mulheres do bairro. Pobre Mary.

- Olá John, bom dia. Sim, um belo dia. – Penso em como me livrar dele. – Como está Mary?

- No ioga com as amigas. Tenho a casa só para mim por algumas horas. – Mas que patife!

- Bom para você, aproveite seu tempo livre para meditar e refletir. Agora se me der licença preciso continuar. – Dou de costa e continuo meu trabalho. Assim que termino Sra. Moore retorna com uma limonada muito bem-vinda e seus maravilhosos cookies, sentamos na varanda e iniciamos nossa tradicional conversa dos sábados.

- Vi o Scoth de conversa com você. Querida não dê trela a aquele cafajeste.

- Eu não dou, ele que é inconveniente. – Falo enfiando mais um cookie na boca.

- Não fale de boca cheia, que modos são esses! – Dá-me um tapinha no braço.

- Eu não tenho culpa se essas coisas que você faz são maravilhosas, não traga nada da próxima vez e eu prometo me controlar.

- Mas eu adoro fazer minhas comidas e se você não comer quem irá? – Oh Deus! Não aguento ela com esse dengo todo e acabo lhe dando um abraço suado.

Blue OceanWhere stories live. Discover now