In the End

2.2K 183 34
                                    

"Coloquei minha confiança em você
Aguentei o máximo que pude
Por tudo isso
Há apenas uma coisa que você deveria saber

Eu tentei tanto e cheguei tão longe
Mas no fim, nem mesmo isso importa
Tive que cair, que perder tudo
Mas no fim, nem mesmo isso importa"

*Perdoem os erros.

Na manhã do dia seguinte, Henry havia se tornado um típico fazendeiro. Acordando as cinco da manhã, dividindo o café preto com meu pai, usando botas e camisa xadrez e ajudando nas primeiras atividades do dia.

Depois de devorarmos o banquete de café da manhã feito pela minha mãe, pegamos a caminhonete do meu pai, colocamos Kal na carroceria seguimos para a cidade.

Chegamos no primeiro horário da manhã então tudo ainda estava tranquilo, manobramos nosso carro para dento do estacionamento da clínica, que era uma dar melhores e mais conhecidas de Austin. O dono era um veterinário amigo de longa data do meu pai.

Cumprimentamos a recepcionista de que ficou chocada ao dar de cara com o monumento de homem ao meu lado. Depois, Louise a mesma assistente que atende Kal desde de a primeira vez que ele veio, logo iniciou seu banho.

Entre banhar, secar, tosar e fazer tudo o que um cachorro tinha direito. Devia ter se passado no mínimo uma hora.

Henry e eu esperávamos pacientes, assistindo tudo através do vidro que nos separada da sala de banho.

Conversávamos colocando a conversa em dia. Ele me falava sobre o andamento das gravações, que já estava entrando na fase de pós-produção.

Quando Kal terminou o banho decidimos aproveitar para passear e tomar um sorvete na sorveteria que ficava três lojas a frente.

Através do vidro da fachada, algumas pessoas que passavam e olhavam para dentro nos avistavam dentro do estabelecimento.

Henry sorria e acenava, igual aos pinguins de Madagascar.

Quando terminamos nosso sorvete, havia se tornado impossível sair do local.

O gerente do estabelecimento, que foi muito solícito, fechou o local para que ninguém mais entrasse e ao levantarmos para sair, pediu aos seus funcionários que nos ajudassem organizando a confusão do lado de fora.

E lá estávamos nós três de frente para uma pequena multidão de pessoas ansiosas para ter o contato com seu ídolo e a única coisa que nos separava delas era uma porta de vidro.

A expectativa de encarar aquela movimentação fez com que uma sensação de claustrofobia se instalasse em mim. Logo eu esfregando as mãos na calça jeans tentando me livrar do suor, tentava afastar a sensação se pânico que queria se instalar.

A porta foi aberta e as pessoas começaram a nos cercar eufóricas. Uma delas trombou seu corpo no meu me tirando o pouco equilíbrio que restava, não caindo apenas porque Henry me segurou firme na lateral do seu corpo.

Eu tentava manter as mãos firmes na coleira de Kal, enquanto Henry dava alguns autógrafos e tirava fotos.

O aperto no peito quase me sufocava, minhas mãos tremiam e eu tentava, sem dar alardes, me concentrar em respirar para tentar me acalmar.

Kal latia e dava puxões fortes na coleira também nervoso com aquela situação ou talvez ele estivesse sentindo que algo estava errado.

Tudo isso acontecia enquanto íamos dando pequenos passos no meio das pessoas para sair do local, ao passo que Henry dividia sua atenção em atender o público e verificar como Kal e eu estávamos.

Blue OceanWhere stories live. Discover now