Um Recomeço para Nós

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Capítulo em comemoração às 4mil visualizações.

Muito obrigado.
🙏

"Sim, eu acredito
Que um dia estarei, onde estava
Bem aqui, bem perto de você
E é difícil, os dias parecem tão escuros
A Lua, as estrelas, não são nada sem você
Seu toque, sua pele, por onde começo?
Nenhuma palavra pode explicar o jeito que estou sentindo sua falta
A noite, esse vazio, esse buraco em que eu estou
Essas lágrimas, contarão suas próprias histórias"

*Perdoem os erros.

-Vamos Claire... você está ficando para trás. – Henry ia a frente, numa trilha no meio da floresta, com uma habilidade de quem já havia feito aquilo centenas de vezes. Tão rápido que eu ia ficando para trás a cada passo.

- Espere Henry, está muito escorregadio aqui. – Tento apressar o passo, mas o caminho é coberto por musgos que já teria me feito escorregar se eu não me apoiasse nas árvores do caminho.

Caminho o mais rápido que posso para alcança-lo, olhando atenta onde piso para não tropeçar nos galhos espalhados pelo chão.

Está frio e a neblina ainda está baixa, dificultando minha visibilidade. Graças as copas robustas das árvores, a luminosidade que chega até nós é fraca, me fazendo forçar ainda mais a visão.

- Henry? - Levanto rosto procurando-o, mas não o vejo, nem suas pegadas. - Henry?

Paro no mesmo instante, virando para um lado e para o outro tentando encontra-lo

- Cadê você? Não tem graça! – A horrível sensação de estar perdida se instala. - Henry?

Ando apressadamente, tropeçando nos galhos. Corto a mão ao escorregar e cair.

Levanto e continuo a passos tão rápidos e largos que logo estava correndo adentrando ainda mais na densa floresta. O suor brotando na minha face à medida que me esforço para encontrá-lo.

Corro tanto que não vejo quando a floresta termina em uma borda do penhasco. Meus pés escorregam nas pedras e meu corpo pende para o penhasco, começo a cair.

Tento gritar, mas a voz fica presa na minha garganta por um bolo que se formou e começa a me sufocar, começo a me debater à medida que vou caindo naquele abismo sem fim, tentado gritar.

- Querida... Querida...Claire. – Não é a voz dele. – Filha, acorde. Reconheço a voz masculina familiar. Pai. – Claire, acorde... Abra os olhos, querida é só um sonho.

Como se houvessem apertado o botão de start, arregalo os olhos.

- Calma, foi só um pesadelo. – Segura meus ombros. Balanço a cabeça concordando. Sentei na cama e respirei fundo até meu corpo se acalmar.

Depois de estar mais calma a sensação de já ter tido aquele mesmo sonho me envolveu. Mas por que de novo?

Meus pesadelos no último mês se resumiram em reviver o acidente noite pós noite e agora esse sonho tão antigo retorna sem explicação aparente.

O que teria estimulado aquele sonho de novo?

Não havia percebido que meu pai já havia se retirado do quarto. Peguei o celular e liguei o visor para checar a hora.

Cinco horas da manhã. Para meu pai aquele era o horário normal de se acordar. Para quem trabalha na fazenda o dia começa e termina mais cedo.

Devido meu pesadelo o sono foi para o espaço, então resolvi levantar e notei que Kal já não estava no quarto, devia ter seguido meu pai quando abriu a porta. Esses dois tinham virado grandes parceiros na madrugada.

Blue OceanWhere stories live. Discover now