Novo Trabalho

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"Nós rimos até pensarmos que iremos morrer
Pés descalços em uma noite de verão
Nada novo é mais doce do que você
E nas ruas você corre livremente
Como se fosse somente você e eu
Jesus, você é algo de se ver
Ahh casa, deixe-me ir para casa
Casa é qualquer lugar que eu esteja com você"


*Perdoem os erros.

Era o feriado do Patriot Day nos EUA e nós havíamos decidido passa-lo com a família de Henry na Inglaterra.

O feriado ocorria todo dia onze de setembro nos Estados Unidos em memoria aos dois mil novecentos e setenta e sete mortos no ataque de 11 de setembro de 2001.

Estávamos em Londres, mas no dia seguinte iriamos para Jersey, terra natal de Henry.

O total da viagem seria de aproximadamente sete horas, que incluiriam trajetos rodoviário e marítimos. Céus! Minha cinetose precisou apenas ouvir a palavra marítimo para atacar antes mesmo de viajarmos.

Na verdade, mesmo tomando remédio para enjoo durante a viagem de vinda de Los Angeles a Londres e dormido durante o trajeto a fraca sensação de estomago revirado ainda estava presente.

Henry fez questão de fazermos o trajeto mais convencional possível, usou como argumento a nossa não viajem juntos para o Texas no quatro de julho para me convencer.

-Tenho uma notícia para você. – Henry diz sentando na mesinha que ficava no centro da sua minúscula sala em Londres.

- Boa ou ruim? – Indago fechando o livro que lia.

- Boa se vista por uma perspectiva e ruim se vista de outra.

- Certo, agora fiquei preocupada! Fala logo então, deixa essa de suspense para depois. - Respondo ansiosa.

- Consegui um novo trabalho. – Diz tentando controlar o sorriso.

- Meus parabéns meu amor. – Digo o abraçando. - Isso é incrível! Não tem lado ruim nessa noticia, eu só consigo ver o lado bom.

- Er... Eu vou ter que viajar para as gravações. – Gagueja demostrando insegurança.

- Tudo bem, por quanto tempo? - Pergunto.

- Aproximadamente seis meses, se não houver atrasos.

- É bastante tempo. – Minha vez de ficar insegura. Seis meses?

- Eu sei e por isso quero propor que você venha comigo.

- Ir com você? - Questionei mais a mim mesma do que a ele. - Henry.... Eu não sei. Quer dizer, eu não posso parar tudo e ir com você, tenho que voltar ao trabalho. - Conforme eu ia falando e falando, eu via a decepção, frustação, incerteza e tristeza se desenhando no olhar dele, isso foi o suficiente para lhe dizer: - Posso pensar?

-Eu esperava que você dissesse isso e não me rejeitasse.

-Eu não estou te rejeitando!

-Eu sei. Eu só não quero ficar todo esse tempo longe de você. - Fez silêncio capturando minhas mãos entre as suas. - Eu quero que você saiba que eu entendo, entendo suas prioridades, sua vida e sua carreira. Mas pelo menos se você pudesse passar um mês comigo, depois disso eu dou um jeito, nós damos um jeito, hm?

-Tudo bem. - Acenei com a cabeça, fazendo ele me olhar confuso.

-Tudo bem? Tudo bem? – Pergunta com brilho nos olhos pedindo uma confirmação.

- Sim, tudo bem. Eu vou com você. - Ele respirou aliviado.

- Obrigado, me poupou o trabalho de amarrar você na asa no avião.

Blue OceanWhere stories live. Discover now