young and in love | jikook

16; we can work it out

Jungkook lavou o rosto na pia do banheiro antes de sair do shopping e esperar pela mãe na porta de uma das entradas, fungando devido ao choro copioso que durou certo tempo.

Quando ele se sentou nos bancos de trás do carro que chegou, Junghee se virou e se prontificou a perguntar sobre a mensagem enviada, e à medida que olhava para o menino calado, tomava as próprias conclusões:

ㅡ O que aconteceu, meu filho? Seu rosto está todo vermelho! Você está tentando esconder de mim que estava chorando? Por isso sentou aí atrás?

Jungkook suspirou, agora só sentia mais vontade de chorar.

ㅡ Não é nada, mãe. ㅡ Em momento algum ele olhava para ela. ㅡ Eu chorei vendo o filme, só isso.

Junghee ficou em silêncio por alguns segundos e Jungkook soube que ela estava fazendo uma expressão de desconfiança.

ㅡ Eu te conheço, Jeon Jungkook, sei que você não é de chorar por causa de filme. ㅡ ele ouviu o som do cinto de segurança sendo aberto e Junghee parecia tentar se virar ainda mais para observar melhor o filho. Com isso, Jungkook entendeu que eles não sairiam dali enquanto ele não fosse sincero. ㅡ Nós assistimos um filme da Disney na televisão e você não derramou uma lágrima, enquanto eu estava desabando no sofá.

Jungkook conseguiu rir fraco, se lembrava daquilo; fora uma das raras noites em que eles tiveram seu momento de mãe e filho, quando Junghyun e Youngjin não estavam em casa.

ㅡ Você não vai mesmo me dizer a verdade? ㅡ ela insistiu.

Ele suspirou novamente e olhou para ela, finalmente:

ㅡ Agora não, mãe, talvez depois... Eu só quero ir pra casa.

Junghee lhe lançou um olhar e sorriso compreensivos, virando-se para frente e colocando o cinto de volta para enfim dar partida ao veículo.

Chegando em casa, Jungkook agradeceu mentalmente pela mãe respeitar seu tempo e somente desejá-lo uma boa noite antes de ambos se direcionarem aos próprios quartos. Jungkook tomou um banho mais do que demorado, que consistiu somente nele olhando para a água descer pelo ralo enquanto repetia em sua mente que Taehyung achava que ele não agia como alguém normal.

Com o peito apertado, Jungkook se deitou na cama, e daquela vez, nem mesmo teve o aconchego de Charlie para ajudá-lo a dormir.

Na manhã de segunda-feira o som do despertador interrompeu um sonho que Jungkook se esqueceu dos detalhes assim que acordou; ele só sabia que envolvia Park Jimin e um beijo.

Tentando se lembrar do sonho, Jungkook desceu as escadas e se sentou à mesa da cozinha, onde somente sua mãe se encontrava.

ㅡ Bom dia Kook! ㅡ ela cumprimentou, mexendo o conteúdo da tigela em cima da bancada.

ㅡ Bom dia mãe. ㅡ ele deu um sorriso fraco, batucando os dedos na mesa.

Junghee então surpreendeu o filho ao sair de trás da bancada para se sentar em frente a ele e colocar a mão sobre a dele, indagando em seguida:

ㅡ Você está melhor, meu bem?

ㅡ Mais ou menos. ㅡ foi sincero. Contaria a ela sobre Taehyung, mesmo que sem muitos detalhes. Não queria guardar aquilo para si mesmo e sofrer em silêncio. ㅡ Eu e o Tae brigamos ontem.

Ela franziu as sobrancelhas.

ㅡ Por quê? Vocês sempre foram tão tranquilos.

ㅡ A culpa foi minha, na verdade.

Embora estivesse magoado com Taehyung pelas palavras que ele disse, Jungkook entendia que ele havia começado toda aquela situação no momento em se sentiu enciumado pelo amigo baseando-se somente em uma noite.