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Joga tua verdade toda na minha cara
Mas antes de ir embora, eu te impeço, para!
E me beija com raiva, me beija com raiva

Como fodemos o maior amor do mundo?
Sei lá se esse é o nosso último segundo
Então, me beija com raiva, me beija com raiva

Me beija com raiva; Jão

Vênus Lucchesi

Eu definitivamente odeio hospitais!

Minha recuperação foi "rápida", considerando que perdi uma semana inteira de provas da faculdade, provas que vou precisar correr contra o tempo para fazer. Além dos relatórios do estágio, mas com isso não preciso me preocupar tanto.

Sobre Dimitri, bom... ele mudou bastante, se afastou novamente, voltou a ser um carrasco e toda vez que ele vem me entregar documentos de casos vai embora rápido como um foguete.

Mas, graças a Zeus, tô me livrando desse quarto branco e sem graça, com disposição para correr cinco quilômetros.

Assim que peguei minha bolsa para sair, a porta se abriu e o cheiro amadeirado invadiu minhas narinas e assim que os olhos verdes me encararam revirei os meus.

— Vejo que já está melhor, não?

— Não era meu pai que viria?

— Richard estava preso na delegacia. — ele tira a bolsa da minha mão, sem sequer me olhar.

— Era só ter me avisado, ônibus existe sabia? — segui o mesmo assim que ele saiu do quarto.

— Sabe que ele infartaria se eu te deixasse ir pro seu apartamento sozinha. — ele continuou andando, ELE CONTINUOU ANDANDO E NEM OLHOU NA MINHA CARA!

Che cazzo Dimitri? O que caralhos tá acontecendo contigo?

— Não tô te entendendo.

— O caralho que você não tá me entendendo você mudou comigo, nem olha pra mim direito porra! Vai se foder seu idiota do caralho!

O maldito gibi continuou andando e apenas deixei ele me levar pra casa. O caminho pra casa foi até que rápido e bem silencioso. Assim que paramos, ele desceu do carro.

— Já fez o suficiente, tchau.

Meu braço foi segurado e recebi uma olhada das maledettas esmeraldas.

— Vee, vamos conversar.

— Eu não quero e não vou conversar com você. Figlio di puttana!

— Agora!

Ele não esperou que eu respondesse e entrou no elevador, ignorando o fato de eu não querer falar com ele. Revirei meus olhos e o segui, já que não tinha mais opções.

Chegando na porta do apartamento ele a abriu, jogou a minha bolsa no sofá e assim que eu fechei a porta meu corpo foi empurrado e minhas costas bateram contra a madeira.

— Você quer explicações italiana maldita? Aqui estão: — seu rosto estava muito próximo, que merda — você me enfeitiçou desde o primeiro dia que transou comigo, eu não conseguia esquecer a italiana de boca suja com sede de sexo, eu só consigo gozar pensando em você e nesse maldito corpo que me deixa maluco, sua sensibilidade e aquele medo de te ver morrer em meus braços. O que caralhos você fez comigo?

Minha Doce ObsessãoWhere stories live. Discover now