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Porque não haverá luz do sol
Se eu te perder, querida
Não haverá céu claro
Se eu te perder, querida
Assim como as nuvens
Meus olhos farão o mesmo
Se você se afastar, todos os dias irá chover

It Will rain; Bruno Mars

Dimitri Hills

— Dimitri, a Safira voltou!

Meu corpo relaxou em alívio, mas não era Vênus que estava me ligando para avisar, era a Mia.

Voltei para casa no mesmo instante com o Castiel e lá estava a minha pequena, intocada, mas a minha mulher não estava ali.

— Mia, cadê a Vênus?

— Ela não estava com vocês? Acabei de acordar.

A mesma sensação de quando Safira sumiu voltou, o que tava acontecendo?

— A tia Vee foi embora.

Me ajoelhei na frente da minha filha com as mãos trêmulas.

— Como assim meu amor?

— O tio Gael e a mamãe disseram que iam me soltar se ela fosse embora.

Quase bati a minha cabeça para conseguir entender o que porra estava acontecendo. Por que ela estava falando da mãe?

— Safira, sua mamãe não tá mais aqui...

— Tá sim papai! Ela disse pra mim que só precisava da tia Vee pra fugir pra bem longe daqui e de mim.

Vadia! Levantei e peguei meu celular, agradecendo pelo aplicativo que eu havia instalado no celular da Vênus, ela estava a caminho do aeroporto.

— Mia, fica com a Safira! Eu vou buscar a minha mulher!

Merda italiana! Por que não me contou sobre nada? Entrei no meu carro e pisei com força no acelerador, correndo para o aeroporto Santos Dumont.

Liguei várias vezes pra Vênus durante o caminho, mas ela não atendia, era até entendível, mas por que ela não me contaria sobre isso? Por que voltaria pras garras dele sem pensar duas vezes?

Segui o rastreio, esperançoso de achá-la, mas então achei o celular na mão de uma senhorinha, que estava bem contente.

— Licença senhora, onde conseguiu esse celular?

— Ah meu filho, achei em uma lixeira, estava procurando latinhas, sabe? Mas aí achei isso aqui.

— Senhora, esse celular é da minha esposa, ela sumiu e eu preciso dele para encontrar algo para achá-la.

Ela me encarou com compaixão e me devolveu o celular, mas eu sabia que provavelmente ela o venderia para conseguir dinheiro, tirei algumas notas de cem da minha carteira e entreguei a ela que negou.

— Não meu filho, fica, é seu.

— A senhora precisa mais que eu.

— Deus te abençoe menino, não se preocupe, você vai encontrar a sua esposa e ainda vai vim a melhor das notícias pra você.

Sorri, agradecido e desbloqueei o celular, que estava sem senha e já fui recebido pelo papel de parede, que era simplesmente um bilhete.

"Não sei se isso vai chegar até você Dimitri, Gael me ligou e estava com Safira, ele disse que devolveria ela caso eu fosse embora. Eu definitivamente não sei para onde estou indo, mas meu maior desejo, do fundo do meu coração, é que você seja feliz, com ou sem mim. Eu não seria louca de fazer você passar pela mesma dor que eu passei, não deixaria você perder a nossa menina, tudo bem, ela não é minha, mas eu a amo como se fosse. Me perdoe por admitir que te amo tão tarde.
Eu te amo, Dimitri Hills, me apaixonei no mesmo segundo em que me olhou naquela boate, sempre foi você, não o amor pra minha vida, mas com certeza o da minha vida."

Voltei para o meu carro com a visão turva, ela já tinha ido embora.

Eu perdi a mulher da minha vida por minha culpa! Eu relaxei e ela escapou por entre meus dedos, e agora sabe-se lá o que o Gael faria com a minha italiana.

Duas malditas semanas tinham se passado! Meu corpo, ao contrário do que se parece, deve ter ficado duas vezes maior, considerando que eu tenho ocupado a minha mente com a academia, pelo menos quatro horas de treino por dia quando não estava trabal...

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Duas malditas semanas tinham se passado! Meu corpo, ao contrário do que se parece, deve ter ficado duas vezes maior, considerando que eu tenho ocupado a minha mente com a academia, pelo menos quatro horas de treino por dia quando não estava trabalhando. Safira ficava com minha mãe na maior parte do tempo e ainda estava sem entender, eu não tive coragem de contar pra ela.

Richard e Alessandra estavam atordoados pelo sumiço da filha, Richard decidiu se afundar na delegacia enquanto passa a madrugada a procurando ou tentando achar algo que a encontre.

Estava no carro, todo suado e Safira estava na cadeirinha atrás de mim, eu tinha acabado de buscar ela da casa da minha mãe e então a olhei pelo espelho, vendo a pequena fazer uma careta.

— Papai, você tá fedendo!

Sorri, pela segunda vez no dia e dirigi até o meu apartamento. Assim que cheguei deixei a televisão ligada para Safira e fui tomar um banho bem gelado, o Rio de Janeiro nunca esteve tão quente. Eu estava enlouquecendo sem ela, parecia que nada mais fazia sentido além de Safira, minha filha era a única coisa que estava me alegrando e meu coração se apertava cada vez mais de medo.

Saí do banho e sentei do lado de Safira, que sorriu pra mim e veio pro meu colo.

— Papai.

— Oi princesa.

— Eu quero a minha mamãe.

Peguei meu celular e mostrei uma foto de Lorena para que ela ao menos se alegrasse, mas ela botou o rostinho em meu pescoço e começou a dar pequenos soluços.

— Não papai, eu quero a minha mamãe Vênus.

Sem perceber, eu estava chorando, apertando minha filha em meus braços para a consolar.

— Eu também quero a sua mamãe Safira, eu tô com muita saudade dela.

— Eu também quero a sua mamãe Safira, eu tô com muita saudade dela

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Eu não tô chorando, vocês é que estão!

Oi xuxus, voltei com mais um capítulo da reta final de Minha Doce Obsessão.

Tenham paciência, prometo que eles vão ter um final feliz.

Beijinhos e até o próximo capítulo.

Ig: najulia_litera

Minha Doce ObsessãoWhere stories live. Discover now