CAPÍTULO 6

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JP NARRANDO

Hoje resolvi ser legalzinho com a Eduarda. Vi que ela gosta muito de doce, então resolvi levar um chocolate sem ser de amendoim para ela. Também fiz algumas compras para ela.

JU: Tudo isso é para quem?

JP: Não é da sua conta, me deixa em paz. - Saí de perto dela.

Fui direto para o barraco ver como aquela garota estava.

JP: Ela está bem?

LOBO: Pô cara, a menina está trancada. É óbvio que ela não está bem. - Fui até o quarto e vi que ela estava chorando, mas logo que me viu, limpou as lágrimas.

JP: Por que está chorando, garota? - Sei que ela sente falta do avô, mas eu não posso fazer nada.

JP: Hoje estou de bom humor. - Entreguei o chocolate para ela. Isso me fez lembrar do dia em que eu a beijei.

DUDA: Tem veneno? - Eu ri.

JP: Come logo antes que eu me arrependa. - Ela riu e abriu o chocolate dividido comigo.

DUDA: Meu avô está bem? - Ela sempre me faz essa mesma pergunta todos os dias.

JP: Está. Agora vem. - Peguei na mão dela e a levantei. Entreguei uma sacola com roupas que pedi para Fernanda comprar, pois não entendia nada disso.

Ela começou a dar uns pulinhos, arrancando um sorriso meu.

DUDA: Vou tomar banho agora. Beijos. - Saiu para o banheiro.

Depois de um bom tempo, ela saiu com um short jeans e um cropped, acho que é assim o nome.

DUDA: Ah, ficou perfeito. Obrigada. - Me abraçou. Caralho, nunca gostei de abraço, mas esse...

JP: Vou deixar você andar pela casa, mas você tem que prometer que vai se comportar. - Ela balançou a cabeça sorrindo.

JP: Se você for boazinha, eu deixo você até andar no morro.

DUDA: Sério? - Balancei a cabeça confirmando. Do nada, escuto o barulho de alguém querendo arrombar a porta. Puxei a Duda para trás de mim e peguei meu revólver.

JU: EU NÃO FALEI, MÃE? ELA ESTÁ TRANCANDO ESSA MENINA. - Apontou para Eduarda. Agora fudeu.

ROSE: Abaixa essa arma, filho, pelo amor de Deus. - Abaixei.

ROSE: Por que você está mantendo essa menina trancada, filho? Imagina se fosse eu ou sua irmã.

DUDA: Ele me sequestrou. - Passei um olhar feio para ela.

ROSE: Você vai soltá-la agora mesmo. - Balancei a cabeça negando. Chamei o terror para ficar de olho na Eduarda e puxei minha mãe para o quarto.

JP: Me escuta, tá bem? Olha, eu estou fazendo isso para protegê-la.

ROSE: Proteger do quê, João Pedro? - Então tive que contar a história toda para ela. Quando eu contei, ela colocou a mão na boca.

ROSE: Mesmo assim, filho, deixa ela ser livre pelo menos aqui dentro do morro. ninguém merece fica trancada. - Depois de muita insistência, concordei.

JP: Ela só não pode ir para fora do morro. - Minha mãe balançou a cabeça.

ROSE: Ela não vai ficar nesse barraco velho. Ela vai ficar conosco. - Aí já é demais, mas vai eu discordar.

JP: Tá bom. - Minha mãe foi correndo falar com Eduarda.

ROSE: Vai ficar tudo bem, confia em mim. - Abraçou Eduarda.

JU: Meu irmão, ele não tem coração.

JP: Cala a boca.

(...)

DUDA NARRANDO

Depois de dias morando com a família do JP, acabei conhecendo bastante gente, inclusive a Fernanda, que é um amor de pessoa.

FERNANDA: Olha, eu posso arrumar um emprego onde eu trabalho. Você vai fazer muito sucesso por lá.

DUDA: Você trabalha de quê?

FERNANDA: Eu trabalho em uma festa privada, sabe, tipo uma boate. Eu entrego bebidas. Mas você pode ser a dançarina com esse corpo.

DUDA: Acho que isso não é para mim. - Realmente, nunca me imaginei dançando.

FERNANDA: Você não quer fugir daqui? - Balancei a cabeça confirmando. - Então, para isso, você precisa de dinheiro, gata.

DUDA: Você está certa. Então, eu topo. - Ela riu.

FERNANDA: Ótimo, vou falar com meu chefe hoje mesmo.

A SEQUESTRADA (MORRO)Where stories live. Discover now