CAPÍTULO 24

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DUDA NARRANDO

DUDA: Me solta - empurrei ele.

JP: Eduarda, caralho, se você fica aqui você morre - fui até o peixinho.

DUDA: Que merda você está fazendo, peixinho?

PEIXINHO: Escuta ele, depois nós conversamos.

DUDA: Vem comigo - peguei na mão dele.

JP: Que mina teimosa do caralho - saiu me puxando.

DUDA: Jp - na hora que ele iria falar alguma coisa, sinto uma ardência no meu braço e gemo de dor.

JP: Caralho - ele atira no cara, depois olha para mim todo preocupado.

DUDA: Acho que levei um tiro de raspão - ele me puxa para trás dele.

JP: NÃO ERA VOCÊ TER SAÍDO DE CASA, CARALHO.

LOBO: Caralho, patrão, os caras não recuam.

JP: Preciso levar a Eduarda para casa.

LOBO: Vai lá, eu tô de cobertura - estava indo atrás do JP, mas ele não soltava minha mão por nada. Assim que chegamos em casa, ele me puxa para o quarto e tranca a porta.

JP: Deixa eu ver seu braço - estiquei para ele - não é grave, só foi de raspão, mas tem que cuida teimosa.

DUDA: Por que você deixou ele entrar no mundo do crime, JP? Você sabe que eu fico preocupada.

JP: A escolha é dele, Eduarda. Não me culpe por essa merda - meus olhos enchem de lágrimas e ele se aproxima.

DUDA: Droga, isso está ardendo demais - ele beija minha testa e me abraça.

JP: Não quero te deixar sozinha, para você não fazer merda, mas assim que acabar com essa porra toda, eu arrumo algo para melhorar isso aí.

(...)

Depois de um bom tempo, os caras recusaram. E JP cuidou do meu braço, dá até a impressão de que ele gosta de mim.

JP: Vira homem e vai falar com ela - escuto o JP cochichando.

PEIXINHO: Estou indo, caralho! - empurrou a porta - Ah, merda, não consigo.

DUDA: Entra logo. - Ele olhou para mim e sentou na cama.

PEIXINHO: Foi mal.

DUDA: Por quê?

PEIXINHO: Ser um vacilão do caralho, mas não posso viver essa vida que você quer.

DUDA: E que tipo de vida eu quero para você?

PEIXINHO: Essa vida de playboy, de estudante. Eu não nasci para isso.

DUDA: Isso quer dizer que você não foi mais para a escola?

PEIXINHO: Isso, quer dizer os dois primeiros dias eu fui, mas isso não é para mim, Duda. - Fiquei olhando para ele. - Fala alguma coisa, cara.

DUDA: Essa vida não é para você, Júnior. Eu prometi para sua avó que iria cuidar de você e é isso que vou fazer. O JP vai proibir você de viver essa vida do crime.

JP: EU?

DUDA: Sim, você.

PEIXINHO: Você não tem o direito de decidir nada da minha vida. - Falou com raiva.

DUDA: Tem certeza? - Dei um tapa na cabeça dele.

PEIXINHO: Eu não vou voltar para a escola.

JP: Tu sabe que a última palavra é dela, então fica de boa aí.

Adivinha? Hoje é meu aniversário! 🥰😌

A SEQUESTRADA (MORRO)Where stories live. Discover now