CAPÍTULO 19

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DUDA NARRANDO

Apontei a arma para o JP, mas ele não me olhou com ódio, era um olhar orgulhoso. Ele está orgulhoso? Psicopata do caramba.

JP: Atira - riu de lado.

GU: Duda, não faça isso - falou com voz fraca.

JP: Atira, garota - veio se aproximando de mim - vai - colocou o cano da arma na sua testa.

ROSE: Que merda é essa aqui? - olhei para ela e senti o JP pegando a arma da minha mão.

JP: Nada, aqui já está tudo resolvido.

ROSE: Você sabe que não aceito isso na minha casa - dava para perceber o quanto ela está nervosa.

JP: Relaxa, mãe, ninguém morreu, esse filho da puta que é mole.

ROSE: Eu não quero saber, eu não quero essa palhaçada na minha casa.

DUDA: Desculpa... - ela não me deixou terminar.

ROSE: Você está maluca apontando a porra da arma para o meu filho? - fiquei calada.

JP: Ela não iria atirar - olhou para mim.

ROSE: Eu não tô nem aí, isso já está ficando doentio - ela chamou os caras que ficam como os seguranças da casa para levar o Gustavo para o posto de saúde.

DUDA: Eu vou com ele.

GU: Fica, depois nós nos falamos - balancei a cabeça.

DUDA: Eu não quero ficar aqui, por que você não me mata logo e acaba com essa porra de uma vez? Dinheiro eu não tenho, família também não. Eu só tenho meu avô, que não sei se está vivo - subi para o meu quarto.

Cheguei no quarto e já deitei na cama. Tentei dormir, mas não estou conseguindo. Era para eu ter atirado naquele babaca. Mas aí dona Rose nunca ia olhar na minha cara...

Finalmente peguei no sono. Quando acordei, já era hora de ir para o trabalho. Então tomei meu banho e fiz minha higiene. Quando fui para a cozinha, não tinha ninguém. Tomei meu café e saí de casa.

CORINGA: O Jp mandou deixar você no trabalho. Subi aí. - Assim que cheguei no trabalho, agradeci a ele.

DUDA: Bom dia. - Emilly respondeu, menos a Joana.

EMILY: É verdade a história do Gustavo? Não consegui falar com ele ainda.

JOANA: Óbvio que é, né? Essa garota só traz problema.

EMILY: Só não quero problemas para o meu restaurante.

(...)

Assim que eu larguei, peguei as coisas que comprei para ir na casa do peixinho.

CORINGA: Sobe.

DUDA: Eu vou para a casa do peixinho, depois você me busca lá. - Sai andando.

Quando cheguei na casa do peixinho, escutei a voz dele bem alterada.

PEIXINHO: NÃO IMPORTA, EU VOU COMPRAR OS REMÉDIOS. EU VOU DAR UM JEITO.

AMÉLIA: Não adianta, meu filho. Eu já estou para morrer.

PEIXINHO: Para de falar besteira, senhora não vai morrer.

DUDA: Eu posso ajudar ele a pagar seu remédio.

PEIXINHO: Viu, vó? Ela vai te ajudar. - Ela balançou a cabeça negando.

AMÉLIA: Não adianta nada, querido. Eu vou morrer de qualquer forma.

PEIXINHO: Para de falar essa porra, vó. Colocou a mão na cabeça.

DUDA: Que tal mudarmos de assunto?

AMÉLIA: Boa ideia, querida. O que veio fazer aqui?- Peixinho saiu do quarto.

DUDA: Vim lavar algumas roupas de vocês. - Ela sorriu.

AMÉLIA: Meu neto precisa de alguém assim para cuidar dele. Ele merece ser feliz.

DUDA: Ele será muito feliz, dona Amélia.

AMÉLIA: Espero que sim. Cuide dele por mim. - Seus olhos estão cheios de lágrimas.

DUDA: Vou dar o meu melhor por ele, mas pare de falar assim. Você não vai partir agora. - Depois de um bom tempo conversando, vou lavar algumas roupas.

PEIXINHO: Precisa de ajuda?

DUDA: Não precisa, já estou acabando.

PEIXINHO: Você vai vir amanhã? - Perguntou meio sem jeito.

DUDA: Vou sim. - Depois de lavar algumas roupas, me despedi dele e fui para casa acompanhada pelo Coringa.

A SEQUESTRADA (MORRO)Where stories live. Discover now