Metáphora

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Eu sou uma Granada.
É, metaforicamente falando eu sou. Mas isso não quer dizer que é algo ruim. Isso vai depender do momento em que eu explodir... pode ser que seja uma explosão que traga vida e benesses, ou traga morte e destruição.

Eu sou um raio de Sol.
Isso não necessariamente é uma coisa boa. Pode ser que meu brilho ardente incomode sua alma gélida... ou pode ser que eu traga o calor carinhoso pro teu mundo tempestuoso.

Eu sou a chuva Fria.
Aquela chuva fria e indiferente que corta a carne... tá, exagero meu... mas, metaforicamente não seria. Mas isso não é em todo ruim. As minhas gotas podem muito bem trazer sossego, e aliviar o calor que causa a dor, trazer o alento, apaziguar teu sofrimento.

Eu sou um Campo Verdejante.
Nem sempre tão verde, às vezes com as cores do outono, às vezes cinza e sem vida. Mas, nem sempre quando verdejante sou algo bom. Eu ofereço paz, mas até no mais verde dos campos a solidão faz um piquenique. Nas cores outonais e no cinza do inverno, o campo pode soar mais belo e atrativo.

Eu sou aquele Balanço velho e quebrado no playground 
Que nenhuma criança brinca mais. Isso não quer dizer que sou imprestável. Mesmo danificado eu posso garantir um pouco de diversão, por mais que eu não seja mais o preferido ou o mais querido, quem resolver se balançar comigo, garanto proporcionar algo bom, algo vívido, despertar lembranças, a imaginação, te fazer sentir voando entre as estrelas, ignorando qualquer lógica ou lei da criação.

Eu sou muitas coisas, eu sou outras coisas em muitas coisas, também posso ser coisas ou nenhuma coisa, ou até mesmo querer ser alguma coisa, ou simplesmente... Eu sou uma Coisa, eu sou alguma Coisa.

Versos & InversosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora