Persephonē

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Reclama por ela ser montanha
Por ser geleira
Mas ela é joia rara
De incomum beleza
Peca em dizer que ela é fria
Ela está fria
Peca em dizer que ela é difícil
Ela está difícil
Peca em dizer que ela é insegura
Ela está insegura
Peca em dizer que ela não sabe amar
Ela está tão somente protegendo-se
Como montanha
Os ventos fortes da paixão já a golpearam
Os raios solares do amor já a castigaram
As chuvas torrenciais da dor já a banharam
Agora, apenas a neve fria do receio a encobre
Porém, quando verdade ela ver nas palavras outra vez
Trajará verdejante alegria
Ostentará floridos sorrisos
Brilhará seus olhos como cascatas de empolgação
Soará sua voz como lira
Trará aos sentidos embriaguez
Será ela, paraíso outra vez

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