Capítulo VII - Domingo

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N/A: Musiquinha do capítulo e como já tinha avisado antes, também fiz uma playlistinha com todas as músicas citadas na história, que vou deixar no meu perfil e nos comentários! Enjoy it!


Acordo ouvindo um barulho de batida ao longe, tento abrir os olhos, no entanto minhas pálpebras pareciam estar coladas uma a outra. Minha cabeça zunia e parecia pesar mais do que um bloco de concreto, meu corpo inteiro doía como se eu tivesse sido atropelada por um caminhão de lixo, minha boca estava seca e um gosto horrível tomava conta da minha língua. Ah, a tão desprezível e já muito bem conhecida ressaca.

Mais sons de batidas entram por meus ouvidos, dessa vez mais altos que antes. Volto a tentar abrir os olhos lentamente e sinto a claridade vinda da fresta da janela cegar minhas vistas. Novamente ouço batidas e dessa vez estou consciente o bastante para adivinhar que vinham da porta do meu quarto.

— Que foi, caralho? — vocifero com a voz rouca.

— Posso entrar? — Finn pede do outro.

— Entra! — respondo com irritação.

Apoio minhas mãos sobre o colchão, arrasto meu tronco molenga para trás, na tentativa de me apoiar na cabeceira da cama, e assisto em câmera lenta Finley abrir a porta e adentrar o quarto com uma bandeja carregada em comida nas mãos. Meus olhos automaticamente se arregalam e meu corpo treme em sobressalto. Eu não conseguia me mexer ou dizer uma palavra porque o encarava atônita.

— Bom dia, Princesa! Nossa, você está parecendo que foi atropelada por um caminhão! — O ruivo comenta enquanto colocava a bandeja sobre o criado mudo ao meu lado e ri. — Ainda não se vestiu?

Meu cérebro da um estalo ao ouvir suas ultimas palavras. Levo o olhar até meu tronco e constato que eu estava completamente nua, meus olhos ficam alarmados novamente e meu coração dispara.

PUTA QUE PARIU!

— QUE PORRA É ESSA!? — grito exasperada. — Por que eu tô pelada!? A gente transou!? Merda, por que não me lembro disso!? Por que tá me trazendo café na cama!?

O ruivo dava risadas, se divertindo com a minha irritação, o que só fazia meu sangue ferver. Olho para a bandeja ao meu lado e analiso toda a situação, que se assimilava bastante com os filmes de comédia romântica que eu já havia visto, e pra aquilo tudo estar acontecendo só existia uma explicação...

— A GENTE SE CASOU!? PUTA QUE PARIU, FINLEY! VOCÊ DEIXOU EU ME CASAR COM VOCÊ BÊBADA!? — digo, histérica, e começo a acertar tapas no garoto. — Pensei que você fosse mais responsável, seu imbecil!

O ruivo tenta de todas as formas se livrar das minhas mãos que colidiam com fúria sobre o seu tronco, até que ele consegue segurar em meus pulsos e me afastar de seu corpo.

— CALMA, PORRA! — Finn grita e paro de tentar avançar em sua direção. — Não, a gente não transou e muito menos se casou, Fiona! Você está nua porque eu tive que te dar banho ontem à noite e tentei fazê-la se vestir, mas você disse que queria dormir do jeito que veio ao mundo! E eu trouxe café pra você porque sabia que acordaria com uma ressaca horrível, sua mal agradecida!

Minha boca se abre em descrença e meu rosto começa a esquentar de vergonha, fazendo-me ter vontade de me jogar pela janela. Puta merda, ele fez tudo aquilo por mim!?

— Desculpa! É que você me assustou com essa coisa de café na cama e eu acordei completamente nua e sem me lembrar de nada! Quando essas coisas acontecem nos filmes nunca é coisa boa!

— Nós não estamos num filme, Fiona! — O ruivo rebate, exasperado. — Da próxima vez tente esperar eu responder antes de me agredir!

— Eu já pedi desculpas, porra! Quer que eu faça outro boquete em você pra compensar? — sugiro e o ruivo me fita como se eu fosse uma alienígena.

The F Word (Concluída)Where stories live. Discover now