Capítulo IX - Terça

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Mal consegui dormir durante a noite devido à ansiedade. Rolei pela cama, contei carneirinho, tentei relaxar ouvindo aqueles barulhos estranhos de pessoas batendo e arranhado superfícies, tomei um banho morno — e recorri a masturbação —, porém nada adiantou; quando finalmente peguei no sono, os passarinhos já cantavam ao lado de fora da janela e os raios de Sol começavam a invadir o quarto.

Após dormir precariamente por pouco mais de três horas e acordar mais cansada do que já estava, desisto de tentar relaxar e resolvo usar a energia que me resta para arrumar a casa, já que não conseguia por em ordem o meu próprio cérebro.

Ponho minha casa 10 em Virgem para trabalhar e organizo meu quarto de uma maneira que nunca havia feito em todos os meus vinte anos e sete meses de vida. Sigo em direção à sala, passando o aspirador de pó e rebolando a bunda ao som de Hands To Myself, até sentir algo atingir em cheio o machucado parcialmente cicatrizado embaixo do meu pé. Solto um grito — seguido de um "puta que pariu —, e me sento sobre o sofá, segurando o pé entre as mãos.

Depois de xingar mentalmente todos os palavrões existente, levo o olhar ao chão, em busca do causador da minha angústia, e encontro a porra de um funko do Dobby sobre o tapete. Resgato-o do chão, sabendo exatamente a quem ele pertencia, e caminho furiosamente — e um tanto manca — sentido ao quarto de Finn. Escancaro a porta sem aviso prévio e arremesso o boneco sobre o ruivo, que estava em sua escrivaninha fazendo algo em seu notebook. Por reflexo, o garoto consegue desviar e me encara com os olhos arregalados.

— Mas que merda!?

— Seu filho da puta! Pare de deixar as merdas dos seus brinquedinhos jogados pela casa!

— Ei, calma aí! Isso custou caro, é edição de colecionador! — Finn responde com indignação.

— Você vai ver a edição de colecionador quando eu enfiar essa porra no seu cu! — Apanho mais um boneco, agora do Chewbacca, sobre a estante e lanço em direção ao ruivo.

— Pare com isso, Fiona! — o garoto ordena após impedir que o objeto atinja seu corpo e se levanta, caminhando até mim.

— Não chega perto de mim, caralho! Eu estou tão puta com você agora que não consigo pensar na possibilidade de te beijar!

— Não vai me beijar, é? Então deixa que eu resolvo isso pra você!

Finley acaba com a distância entre nós, dando dois passos largos, segura os dois lados de meu rosto e gruda seus lábios aos meus. Meu cérebro gritava para eu estapeá-lo, porém meu corpo imediatamente responde ao seu toque, então levo minhas mãos aos cabelos deles, bagunçando-os entre os dedos. O garoto me prensa contra a parede, ajudando-me a envolver seu quadril com minhas pernas, prontamente me carregando até a cama e ambos caímos sobre ela.

Finn distribui beijos pelo meu pescoço e impulsiona o corpo em direção ao meu, fazendo-me arfar. O ruivo percorre as mãos pela minha barriga, movendo-as para cima e levando junto a camiseta do meu pijama estampada com o brasão de Hogwarts.

— O que está fazendo? — questiono, ofegante.

— Te ajudando a relaxar — ele responde com um sorriso ladino.

Auxilio-o a retirar a peça do meu corpo e o ruivo sorri mais uma vez ao constatar minha pele arrepiada, abocanhando meu seio direito em seguida. Um gemido escapa pela minha garganta quando o Finn começa a sugar minha carne para dentro da boca e depois prende o bico entre os dentes, repetindo o mesmo processo do lado esquerdo. Desço as mãos pelo meu corpo, na intenção de aliviar um pouco da tensão que se instalá-la em minhas partes baixas, no entanto o ruivo me impede, levando ambas as minhas mãos para cima de minha cabeça e sem que eu tivesse tempo de contestá-lo, seus lábios se arrastam pela minha pele, deixando rastros molhados e beijos pelo meu tronco até atingir a barra da minha calcinha, que ele arranca sem cerimônia e joga pelo chão do quarto.

The F Word (Concluída)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora