Capítulo X - Quarta

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N/A: Só queria dizer que pra mim essa é a música oficial do OTP duplo F, parece que foi escrita exatamente para eles, mas como ela foi lançada muito depois da data em que a história se passa (novembro de 2016), tive que colocá-la na história de forma diferente. Espero que gostem!

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Como eu havia previsto, dormi por quase metade do dia, e só acordei realmente devido ao despertador. Eu me sentia um tanto animada essa manhã, então não foi tão difícil me levantar da cama; tomei banho enquanto cantarolava Habits a todos pulmões, pus uma roupa casual e fui até a cozinha em busca de algo para comer, encontrando o último Hot Pockets na geladeira.

Após saciar minha fome, caminho de volta ao meu quarto e quando passo frente à porta do quarto de Finn, avisto-o em sua cama com um violão nas mãos. Paro e observo-o dedilhar o instrumento e rabiscar alguma coisa em um caderno.

— Decidiu tentar a carreira de músico agora, Justin Gingerlake? — ironizo e o ruivo me encara surpreso.

— Ah... Não, eu só estou ajudando o Jake em uma nova composição. — ele dá de ombros. — Não sou um bom cantor.

Emito uma risada e adentro o quarto, caminhando até o ruivo. Sento-me ao seu lado e retiro o caderno de seu colo, ele tenta pegá-lo de minhas mãos, porém sou mais rápida e me afasto o suficiente para que ele não consiga alcançar. Percorro os olhos sobre a página, sentindo um arrepio atravessar meu corpo ao ler seu conteúdo.

"Os lábios dela e o mau comportamento..."

Bad Behavior!? — praticamente grito e em seguida pigarro. — Gostei, é inspirada em alguém em especial?

Fito o rosto de Finn em expectativa, no entanto, ele continua brincando com as cordas do violão, ignorando a minha presença. Nem olhar para mim ele consegue.

— Não, foi só algo que... Surgiu na minha cabeça de repente.

Respiro fundo, contendo-me para não dizer algo mal-educado. Se ele não quer me contar a verdade, foda-se, eu é que não vou ficar insistindo.

— Tanto faz, na verdade vim aqui te chamar para ir ao orfanato comigo, já que normalmente vou com Summer e ela não está aqui e vocês são os únicos que tem carro...

— Você pode pegar o carro emprestado se quiser. — ele ergue os ombros. — As chaves estão na cozinha.

— Eu sei, mas se eu estou convidando você é porque quero que vá comigo! — respondo, irritada.

O garoto suspira, retira o instrumento do colo, depositando-o ao seu lado na cama, e finalmente olha para mim.

— Tudo bem, eu vou, só me dá meia hora para tomar banho e me arrumar.

Concordo com a cabeça e me levanto, caminhando sentido à saída do quarto.

Cuzão — murmuro antes de atravessar a porta.

— Disse alguma coisa? — Finn questiona, fazendo-me girar o corpo em sua direção.

— Disse que seu travesseiro tá no chão. Vou te esperar lá na sala.

O garoto balança a cabeça e volta a atenção para o que fazia antes. Finalmente deixo o cômodo, sentindo tamanha irritação que a primeira coisa que fiz ao chegar à sala foi me enfiar entre as almofadas e gritar contra elas.

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No caminho para o orfanato, pedi para que Finn parasse em uma loja de brinquedos e gastamos nela boa parte de nossas mesadas — precisava aproveitar meu muito provável último dia como uma garota rica e privilegiada com um cartão platinum de cinco mil dólares.

The F Word (Concluída)Where stories live. Discover now