I

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História dividida em 5 partes.

Postada de forma intercalada para não atrapalhar com a leitura não contínua dos demais capítulos.

A ideia foi de uma leitora, que casou perfeitamente com algo que já tinha em mente.

Aproveitem.

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LIMITES PRECISAM SER REDEFINIDOS

Parte I

- S/N - o toque veio de forma tremula contra a pele - S/N responde - a voz dele se fez baixa quando ele se recusava a deixar de olhar o rosto dela. - Amor reage, por favor... - pediu com um fio de voz sentindo a pele fria contra seu toque, ele limpou a lagrima dele que caiu contra a face dela, ao encostar sua testa contra a dela - Você não pode ir...

- Clark...

A voz de Bruce se fez presente alguns metros atras dele, estava tudo sobre ruínas, destroços estavam espalhados pela area como se fosse uma zona de guerra. Wayne nunca chamava pelo alter ego dele em missão, mas ver o amigo sobre os joelhos com S/N no colo enquanto chorava não estava fazendo pensar em eventuais problemas.

Kent seria um se não soubesse lidar com o ocorrido.

- Ela se foi, Clark - disse devargar tentando se aproximar, como se sentisse a aproximação ele a apertou entre os braços. - Precisamos retirar-la daqui.

Clark olhou para mais uma vez para o corpo em seus braços, enquanto colocava uma mecha do cabelo escuro atrás das orelha, ele ouviu algo cintilar quase como um desfalecer no escuro, os olhos dele decaíram pelo corpo dela tentando saber o que se tratava. Não era o seu peito. Clark sentiu o corpo tremer mais uma vez quando desceu o olhar para barriga dela, e quando dilatou sua visão raio x, viu um mover mínimo de um saco amniótico no útero dela.

- Não, não, não - falou ele ainda tremendo sem saber o que fazer, não deveria ter 12 semanas, ele logo se postou em pé mas quando o fez ele ouviu o romper de algo então o silêncio. Clark caiu novamente sobre os joelhos sabendo que não havia mais nada ali para salvar.

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O som da risada se fez presente quando Batman socou a mesa metálica.

- Diga onde está. Agora!

Coringa gargalhou novamente fazendo ecoar na sala de interrogatório.

- Lex Luthor. Brainiac. Liga dos vilões. O que vocês querem?

- O que queremos é diferente. Eu quero conta uma piada.

- Não há tempos para piadas. Conte onde a bomba está!

A parede se rompeu revelando a figura de Superman entre os destroços. Logo ele voou diante dos dois, pairando no ar pouco centímetros do chão.

- Estou resolvendo, Superman.

- Não, não está - disse ele olhando para a figura em terno roxo em sua frente. - Você tirou tudo de mim!

- Não se pode ter tudo Superman - zombou rindo - Não achou que entre todos os homens você teria o deleite de ser feliz, não era? - criticou gargalhando.

Superman avançou o empurrando contra a parede.

- Super, não! Mata-lo não fará fazer diminuir o número de assassinos do mundo e nem trazê-la de volta.

- Eu sei... Mas fará eu me sentir melhor - disse Kal-El perfurando o peito do Coringa em único soco.

Batman engoliu em seco quando viu o corpo sem vida cair no chão. Sobre o punho de Superman o sangue decaia ao chão, manchando não apenas o piso, mas também sua honra.

Mas nada ali mais importava.

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- Você sempre tem um plano, como você não tem um plano Batman? - Ciborgue perguntou sem acreditar.

- Eu nunca cogitei em matar Superman, e sim captura-lo.

- Ninguém falou em mata-lo - disse mulher maravilha para a equipe como uma mediadora - Bruce, precisamos fazê-lo parar.

- Não, ainda temos como salvar Clark... Ele só precisa ver com clareza novamente... - disse com uma das mãos sobre o queixo pensando.

Barry adentrou a sala suspirando de forma acelerada.

- Ele... Adentrou a Lex Corp, derrubando tudo o que ver pela frente.

- Ele não vai parar enquanto não derrubar um por um deles - Arthur disse se pronunciando pela primeira vez na mesa - Eu sei como é sentir essa dor. Clark perdeu a esposa e o filho, nos braços, compreendo a dor de perder um filho.

- Mas você não fez o que ele fez. - Jordan comentou.

- Por que não fui eu que fui forçado a matar eles. - declarou Arthur por fim pensativo. 

- Iremos iniciar a fase de Contigência. - Batman declarou após refletir.

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CINCO ANOS DEPOIS.

O que uma dor poderia causar? Essa a pergunta que se era feita com o passar dos dias, meses e anos.

O plano dera errado.

A dor e a culpa consumiram o único que fazia reluzir o som da esperança.

Não havia mais democracia. Respeito. Ou humanidade. Sob suas mãos havia o sangue de pessoas e controle. Por tudo que um dia ele lutou, nada fazia mais sentido.

Um dia usado como marionete para matar a própria família, fez que ele coordenasse agora o que precisava ser feito.

A bomba que a Liga dos Vilões orquestram há cinco anos explodiu, levando Metrópolis aos ares.

E no final, quando ele percebeu que não pode salvar sua cidade, precisou fazer seus limites serem redefinidos.

Medo era a única coisa que as pessoas poderiam compreender ali. Era a única linguagem que eles eram capazes de entender.

Medo foi a única coisa que fez sentido para Superman depois que sentiu S/N morrer em seus braços. O som da última batida ainda perpertuava como um sino infinito.

O som das vozes de quem matara ainda ressoava seus pensamentos toda vez que tentava dormir.

Era apenas uma consequência.

Quem concordou estava ao seu lado.

Quem discordou juntou-se aos rebeldes.

E assim prosseguia o mundo. Com o mesmo egoísmo e sem luz que sempre existiu.

A mão posta em seu ombro direito massageou levemente o local.

- Os novos soldados chegaram... - Clark ainda olhava para o mapa no monitor quando via as regiões destacadas em vermelho piscar. - Eu sei que você ainda tem sua super audição Kal.

- Estou ouvindo princesa - disse ele virando de lado. Logo sentiu um beijo sobre seus lábios, então voltou atenção ao monitor.

- Você realmente está bem com nossa relação?

- Eu disse que estava. - Clark comentou ainda centrado nos números.

- Sabe que não quero substituí-la.

- É, eu sei. - ele se ergueu, beijando a testa de Diana. - Precisamos ir ao tribunal.

- Por que você insiste em fazer um pregão se a sentença dos rebeldes é a morte.

- Batman pregou um religião - comentou sobre o ombro parando - Se existe algo pior que o medo, é a dor da traição. Farei com alguns se convertam então iremos derruba-los. Irão entender que não se pode atrapalhar nossos planos. Eles precisam entender a mensagem. Para toda salvação tem um preço.

- Kal... Acredito que assim não seja a melhor man...

- Já tivemos essa conversa Diana, ou você está ao meu lado ou está contra mim - ele virou na direção dela. - e se tiver contra mim, não terei misericórdia.

- Como quiser Savior...

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Imagines - Clark KentHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin