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VALENTINA VITELLO

Passando pelas portas de vidro, andei em direção a um dos elevadores ignorando os que estavam ao meu redor. Assim que as portas de metais se abriram, toquei em um dos botões para me levarem ao meu andar desejado. Sinceramente, preferia estar em casa com as crianças do que na empresa. Mania boba do meu pai querer voltar ao trabalho sem ao menos aproveitar as férias... Pensando nisso, refleti qual seria meu destino assim que tudo voltar ao normal.

Trabalho na área da moda a um bom tempo, mas como amo minha família, tive de aprender mais sobre negócios do que eu imaginava. Edgar ganhava bastante dinheiro com sua loja de designs de roupas masculinas e sapatos, Patrick com seus vinhos, minha mãe por ter uma boa idade não trabalhava mas, sei que é esperta o suficiente. Suspirei relembrando-me de Ângelo, meu irmãozinho sempre trabalhou com tecnologia, mas obviamente, estudou sobre algumas áreas. Ser um ótimo investidor e estrategista estava em seu sangue... Sacudi minha cabeça na esperança de parar em pensar nele. Agradeci aos céus assim que as portas de metais se abriram e eu finalmente pude sair. Com às mãos nos bolsos, caminhei pelo o espaço sentindo a bota de cano bater contra o piso, sorri sutilmente para alguns indo em direção ao escritório do meu pai. Pela quantidade de pessoas, senti um curto incomodo.

Bati na porta e com a outra mão a abri, tendo a visão das costas do meu tio sobre a cadeira, Patrick em pé com seu laptop em mãos, meu pai saindo de sua cadeira e as crianças a direita sentadas sobre o tapete felpudo brincando.

— Boa tarde... — os cumprimento jogando minha bolsa no sofá encostado na parede a minha esquerda. Dei de ombros para o cumprimento focando minha atenção nos pequenos, suspirei e pude vê um semblante estranho no rosto de cada um. — Aconteceu alguma coisa? — questionei — Parecem tensos... — meu pai ignorou minha pergunta dando atenção para às criança, bom, isso só fez minha curiosidade aumentar... Pigarreei e enquanto andava em direção a cadeira atrás da mesa de vidro deixei meu sobretudo sobre seu encosto. — Vocês sabem muito bem que odeio quando evitam de me responder, principalmente, vocês  — o pai e filho se entre olharam e finalmente focaram sua atenção em mim, me sentei cruzando meus braços e os deixando sobre a mesa. Patrick se sentou tentando controlar suas expressões. — Então... O que me tem a dizer? — suspendi minha sobrancelha.

Quando meu questionamento iria ser respondido, uma notificação do computador me chamou a atenção. Aproximei a cadeira giratória para mais perto e pude vê o olhar dos dois permanecer em mim.

Hum, fizeram algo de errado.

Sorri sarcástica.

— Sinceramente Vitellos, acharam mesmo que eu não descobriria?

— Calma, eu vou lhe explicar.

— Silêncio, Patrick. — levantei minha mão a abaixando em seguida — Por quê diabos vocês não me contaram que um hacker estaria com nosso sistema nas mãos dele?!

— Filha...

— Vocês estão passando do limite! — dei de ombros para a fala do meu pai — Esqueceram que eu faço parte da empresa? Tanto eu como os outros, devem estar atualizados do do que acontece!

— Não cometeremos mais esse erro — afirma Patrick.

— Não é por que vocês estão mais aqui do que eu, que não posso saber das coisas... — falei lentamente — Se dependerem de vocês mesmos, a empresa já estaria o próprio caos! — apertei minhas mãos.

— Valentina — diz meu tio num tom frio.

— Você vive viajando e quando cometemos algo que não gosta, age dessa maneira! — reclamou meu, primo. O encarei por alguns segundos digerindo cada palavra.

A Verdadeira Felicidade | Livro IWhere stories live. Discover now