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Otto Vitello

Com Oliver em meu colo, admirei os outros sobre a piscina.

— BOLA DE CANHÃO! — Benício gritou e saltou na água fazendo um barulho enorme. Às gargalhadas de cada um me fizeram sorrir cada vez mais.

Eu amava cada um deles, e cada um tinha um lugar em meu coração. O pequeno Benjamin fazia parte também, ele vinha se mostrando bem comunicativo e esperto — depois do que me contaram, que ele havia trazido uma galinha no dia em que chegou, ainda refleti em como não era um Vitello.

Patrick veio em minha direção lentamente.

— Acordou?

— Pois é... — resmungou.

— Por quê não voltou a dormir? — questionei enquanto ele colocava suas mãos na cintura e fazia cara feia para a água.

— Se não fosse a gritaria de Benício...

— Deixe ele... É apenas um menino. E além do mais. — me levantei com o menininho em meu braço. — Você não tem o direito de falar dele assim, você era desse mesmo jeito. Só que numa versão pior.

— Mentira... — Oliver começou a chorar em meus braços e meus olhos focarem na cópia dos mesmos.

— Até ele concorda...

— Vocês só sabem me esculhambar também, em... — estendeu suas mãos na direção do menino — Ele quer vir no colo do tio, não é meu amor? — ele alterou a voz e o menino o olhou curioso, mas, voltou a chorar. O entreguei e no mesmo instante se calou. — Está vendo? — sorri. — Vamos passear com primo vamos... — virou e saiu em direção ao Jardim. Patrick levava jeito para crianças, principalmente para meninos, não era ilógico que Mariana amava o pai mais do que tudo.

Sorri e voltei para dentro, Edgar estava sendo responsável pela empresa enquanto nós estávamos descansando. Ele devia ter ferro naquela casca grossa porque nem eu que sou eu, consegui dizer que iria.

Parei no meio da cozinha olhando para os espaços e como era bem estruturada. Se eu imaginasse bem, ainda podia vê eu e Ângelo correndo pelos cantos, e em cada canto deixando seu rastro. Arfei sentindo a saudade queimar meu peito, não via a hora dele voltar para nós...

— Precisa de alguma coisa senhor Vitello?  — a voz de Ilda foi responsável por me trazer de volta.

— Não não Ilda, muito obrigado... — passei por ela mas parei no caminho — Você sabe onde a minha esposa está?

— Ela foi em um dos orfanatos. Uma das crianças está fazendo aniversário e ela foi participar.

— Ah, sim. Se por acaso quando ela chegar e eu não estiver ainda, diga a ela que fui no campo de golfe. — ela assentiu — Preciso esvaziar minha mente o quanto antes.

— Lhe fará bem. Bom jogo! — disse enquanto se distanciava, segui meu caminho indo em direção ao escritório.

Peguei meu óculos, carteira, relógio e celular. Troquei minha blusa preta pela azul marinho de mangas curtas de poliéster, bermuda branca e sapatos simples marrons. Pus meus óculos e assim sai da mansão.

JASMINE FREIRE

Admirei o quanto Ângelo dormia tranquilo, ele era de fato é bonito... Desviei minha atenção dos meus pensamentos assim que meu celular apitou e vi a mensagem, sai do cômodo de imediato. Por celular, comprei alguns forros, edredons e cobertores. Fiquei contente com a agilidade da entrega. Assim que entrei no quarto Ângelo movimentava na cama agoniado, fiquei no mesmo estado ao vê que estava com os olhos fechados.

A Verdadeira Felicidade | Livro IOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz