XVI

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#TobyQuerBrincar

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De repente um barulho repetitivo e alto se fez presente ao meu redor.

Apesar dos olhos já fechados, me despertei e os pressionei fortemente. Totalmente contra gosto.

Ouvi a voz de minha mãe ao fundo após o barulho alto se cessar: — Acorda, Jimin. Está na hora. – Virei meu rosto para o outro lado e ouvi a porta se fechando. Em um volume relativamente alto.

Respirei fundo e tentei abrir os olhos algumas vezes.

Me estiquei, sentindo algo endurecido e felpudo em meus pés – tive um arfar algo em resposta e pedi desculpas mentalmente ao cachorro em meus pés – e me remexi bagunçando o edredom que estava sobre mim. Tomei coragem para finalmente abrir os olhos.

Encarei o teto – com dificuldades no começo, pela diferença de claridade do ambiente – inerte no silêncio em que – estranhamente – a casa estava. Respirei fundo, me sentindo extremamente cansado. Fôra uma noite terrível para mim.

Um sentimento de tristeza misturado a um vazio estranho se fez presente em meu peito.

Gostaria de ficar ali para sempre.

Me levantei em um impulso só, se eu ficasse mais 1 segundo deitado eu tenho certeza que não conseguiria levantar. E uma outra discussão com minha mãe era a última coisa que eu gostaria.

Senti meu corpo todo pesar, parecia terrivelmente dolorido – pelas poucas e más horas dormidas –, minhas costelas doeram, um cansaço e uma malemolência se fizeram presentes.

Respirei fundo sentindo um incômodo na região de minha costela e coloquei a mão ali vagamente, curioso. Tateei levemente e senti um pouco de dor ao pressionar o local.

Levantei sem mais delongas, olhei para caixinha de remédios em cima da mesa e pensei em tomá-lo assim que voltasse do banho, para descer de uma vez.

E assim o fiz, tomei meu banho calmamente, apesar de minha mente estar vazia naquele momento, me sentia claramente ansioso e estava sem apetite.

Prossegui colocando uma roupa qualquer, simples. Calça jeans e uma blusa amarronzada – que particularmente não gostava muito –. Me agasalhei pois o dia estava frio.

Peguei um comprimido da caixinha de remédio, colocando o objeto branco em minha mochila – caso precisasse –, chamei Toby para que me acompanhasse na saída do quarto.

Fui descendo as escadas com calma, ouvindo a TV em um volume baixo e o barulho da louça se chocando entre si.

Observei o silêncio entre minha mãe e meu pai enquanto tomavam café e fui direto a cozinha pegar um pouco d'água para tomar meu remédio.

Toby me acompanhou o caminho inteiro, enquanto eu tomava o comprimido branco ele me encarava curioso.

Encostei na bancada da cozinha com o copo em minhas mãos, me sentindo saciado com aquele pouco de água que tomei. Não conseguindo pensar em comer algo após aquilo.

Respirei fundo deixando o copo ali e me sentei a mesa para não gerar estranheza.

O silêncio que reinava ali me deixava ansioso, mas também me tranquilizava. Não estava disposto a desferir palavras naquele momento e não gostaria de ouvi-las também.

Freedom  ❧  Jjk + Pjm Where stories live. Discover now