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Descia as escadas com vagareza, folheando o pequeno caderninho com alguns números de telefones e mais outras anotações de minha mãe.

Fôra bem estranho estar no quarto dela (e do meu pai), mexendo em suas coisas atrás disso. Estar ali me causou um misto de arrepios e certo medo, por isso não demorei muito, peguei o objeto pequeno com agilidade e sai dali o mais rápido possível.

Depois de passa algumas horas completamente entediado após Jungkook ir embora com Hyerim, sem ter o que fazer, lembrei da conversinha que tive com meu pai mais cedo e resolvi matar minha curiosidade de uma vez e ver se isso daria certo.

Já passava das 7 da noite, estava sozinho. Apenas Toby – que estava no quintal – e o barulho da TV me faziam companhia. E pelo horário, começava a me preocupar com meu pai que ainda não estava em casa.

Havia mandando uma mensagem para ele e não tive nenhuma resposta até o momento.

Agora me encontrava um pouco ansioso, então resolvi procurar o número do telefone de minha avó para poder ocupar a cabeça e finalmente fazer o que eu estava planejando desde quando falará com Jungkook sobre ela.

Assim que desci todos os degraus, achei uma página com a palavra mãe rabiscada e em baixo o nome Park Min escrito acompanhado de um número de telefone.

Suspirei um pouco nervoso e me sentei no sofá, mordisquei – o lado sem o corte do – meu lábio e comecei a me perguntar se estava muito tarde para ligar e sobre o que eu falaria com ela.

Peguei o celular que estava no bolso de meu short e ergui as pernas sobre o sofá, as deixando dobras, apoiando meu pé na beirada do assento.

Desbloqueei o aparelho vendo que não havia nenhuma notificação nova. Jungkook estava ocupado, meu pai não havia me respondido e as poucas pessoas com quem falava, provavelmente estavam fazendo alguma coisa aquela hora.

Tomei coragem e disquei o número que estava no papel, demorando alguns segundos antes que fizesse a ligação de fato.

Coloquei o aparelho sobre minha orelha ouvindo aquele barulho repetitivo.

Comecei a passar o dedo levemente sobre a casquinha na pele a cima de meus lábios.

Chamou, chamou e chamou.

Chamou durante um bom tempo.

Não obtive reposta.

Suspirei um pouco cabisbaixo e resolvi tentar mais uma vez.

Será que não era mais o número dela?

Selecionei o número salvo no histórico e fiquei ouvindo aquele pi diversas vezes novamente.

Já estava formando um bico chateado quando no meio de mais um som repetitivo uma voz se fez presente: — Alô? – Uma voz melódica e um levemente rouca, cantarolou alegre do outro lado da linha.

— Alô? – Engoli a seco por minha voz sair falhada. – É... Vovó Min? – Perguntei receoso.

Ela não me respondeu, ficando em silêncio por alguns segundos e eu conseguir ouvir uma música ao fundo, parecia um Jazz tranquilo, algumas vozes e risadas.

Freedom  ❧  Jjk + Pjm Where stories live. Discover now