O bem que se faz num dia, é semente de felicidade para o dia seguinte.

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Torne meu sofrimento em testemunho,
Me esvazie de mim e desse mundo.
E que meu nome morra com meu corpo,
E que o de Cristo permaneça em tudo. Amém!
Os arrais

Dedicado à: JessyhSantos, user43787943, bekadreams8, jenneferdasilva526, japonesica, NandaOliveira568, R_camposs, LaisMacedoMorais, ZelitaNascimento2309, AdrianaLouraoCarla


Theo chegou em casa e foi recebido com calorosos abraços e lágrimas de alegria. Dulce não hesitou um segundo antes de abraçá-lo de forma afetuosa, repetindo que era um verdadeiro milagre ele ter retornado. Surpreendentemente, Theo se sentiu bem com essa recepção, algo que ele não experimentava há muito tempo, especialmente desde a morte de sua mãe.

— Obrigado, Dulce — ele respondeu, retribuindo o abraço e acariciando gentilmente os cabelos da velha senhora. — É ótimo vê-la também.

— Venha tomar café, meu filho! — ela disse, secando as lágrimas de felicidade.

Theo a seguiu, observando que a decoração da casa havia passado por algumas mudanças. Alguns quadros decorativos haviam sido substituídos, dando ao ambiente uma atmosfera mais alegre. Seus olhos, no entanto, caíram sobre as almofadas que Valentina havia comprado alguns meses antes de descobrir sua gravidez. Elas estavam no mesmo lugar.

Seu coração começou a bater mais forte, e um nó doloroso ficou preso na garganta querendo transbordar pelos olhos. A lembrança de Valentina trouxe à tona recordações amargas que ele desejava esquecer e reparar.

— Eu sei que, em algum momento, vocês dois vão se encontrar novamente — a voz de Dulce o trouxe de volta à realidade.

Ele engoliu em seco e balançou a cabeça. Talvez, enfrentar essa dor fosse a chave para dissipá-la. Ele sabia que não seria fácil se reaproximar de Valentina, mas desta vez ele faria do jeito certo, sem pressioná-la. Ele queria ser uma pessoa melhor por ela.

Ao entrar na cozinha, ele notou um novo papel de parede neutro que destacava-se e harmonizava perfeitamente com a pintura.


— Peço desculpas se ultrapassamos algum limite, senhor — a voz de Dramaturgo ecoou atrás dele. — Eu e Dulce usamos parte do dinheiro do cofre reserva para renovar a casa. Deixei os recibos guardados...posso buscá-los para o senhor conferir.

— Não precisa — Respondeu, avaliando todo o ambiente com satisfação. — Ficou ótimo.

Em meio ao silêncio, Theo voltou a olhar para Dulce e Dramaturgo, notando que ambos o encaravam como se tivesse crescido sete chifres na sua cabeça.

— Bem... digam-me, Dulce, há quanto tempo você não tira férias?

— Férias? — ela franziu a testa. — Por que a pergunta, menino?

Ele se acomodou na cadeira, convidando os dois a se juntarem à mesa farta.

— Tomar café sozinho é solitário, não acham? Por favor, quero que participem...de quiserem.

Rendido ao amor ✓ (VERSÃO NOVA)Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang