Como tens lidado com teus "demônios"?

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Na realidade a expressão foi criada e passou uma vida inteira personificando tudo que era desagradável conviver como sendo obra deles. Pode ser por conta da iniciação católica que pintava nos livros, paredes das igrejas essa figura que quiseram ser o contraponto do nosso consciente.

Assim, diariamente, ao estar diante dessas coisas que não queremos que aconteça ficamos irritados, doentes, por assim dizer.

Esse choque acontece sempre que começamos a nossa viagem ao centro do nosso mundo (C.Jung). O mergulho no nosso inconsciente também pode trazer imagens do espírito (alma para uns). Sim, porque quem acredita existir outra forma de viver além desta aqui sabe que a história é longa, que começa muito lá atrás. E essas passagens são comuns na relembrança.
Mas, o que tenho feito? O que você tem feito nesses momentos? O que seria melhor fazer nestes momentos?

Administrar os sentimentos da ira, da inveja e do ciúme como emoções passageiras e, procurar aprender com eles. Ah, mas não é fácil não...

Estamos, de uma certa forma, sempre com o dedo no gatilho, para despejar uma saraivada de palavras em direção àquele indivíduo que foi o meio dessas manifestações. E é ai que erramos. Sim, erramos no entendimento da causa porque muitas dessas emoções 'demoníacas' têm um forte propósito na nossa existência: nos levarem a uma compreensão mais plena das nossas limitações e, com isso, quebram nossa prepotência de controle diante da realidade.

Controlar os impulsos passa a ser uma tarefa exigida nesses momentos.

E, dois aprendizados: respirar profunda e lentamente, sentindo o ar entrando frio e esquentando dentro do corpo e saindo quente. Essa troca é primordial para acalmar-se. A outra, se você tem um pingo de religiosidade, é apegar-se a uma oração, numa conversa íntima com a divindade que acreditar ter o controle supremo de tudo que acontece.

Não é fácil. Requer apenas treinamento e persistência.

Mas, por outro lado, o aprendizado é grande pois revela um lado desconhecido para o teu consciente: quem é você? O que te levou a esse conflito? Como superá-lo? A guerra será longa ou rápida? São perguntas que cada um de nós precisará responder. E, mais ainda, estamos dispostos a converter esse "demônio" em "anjos"? Sim, porque também tem isso. E vemos que muitos indivíduos não têm essa vontade e acabam alimentando esse "monstro" dentro de si até que esta relação se torne insuportável para ele. Portanto, aprenda como "domesticar" esses sentimentos pelo desagradável.

Dialogue com ele. Exponha teus pensamentos conscientes de pacificação de não-aceitação da guerra. Esclareça, num diálogo um tanto quanto surreal com algo/alguém invisível aos olhos, teus propósitos de pacificação. Prolongue o silêncio como resposta aos "ataques" sofridos. Controle a respiração como falei antes. Dê tempo para que ele reflita sobre tuas palavras pois cada entidade/indivíduo tem um tempo de assimilação e resposta. Seja paciente nos esclarecimentos.

Lembre-se que é você o aluno dessa guerra de palavras e sentimentos. É você que precisa aprender. O aluno é você pois a tua paz só você quem a deseja. Nada nem ninguém, por mais amor que diga dedicar a você desejará a tua paz mais do que você.

Mantenha-se alerta. Conscientemente, aprenda com os movimentos do "inimigo".

TerapiaWhere stories live. Discover now