Capítulo Doze

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Ela acordou, coberta por uma camada pegajosa de suor. O brilho verde-sálvia do lago indicava que estava quase claro lá fora. Elizabeth sentou-se e esfregou as pálpebras. O quarto estava quieto, mas era o dela. Os pensamentos do que tinha ocorrido voltaram à sua mente.

"Walburga", ela sussurrou, cutucando-a com o pé. Elizabeth não sabia o que diria, mas sabia que precisava se desculpar de alguma forma.

Walburga se virou e golpeou o ar. Elizabeth a cutucou novamente. Ela grogue levantou a cabeça, engolindo seu orgulho.

"Ainda não é hora do café da manhã, o que é?", ela sussurrou com uma voz áspera.

"Eu só queria dizer que sinto muito."

Walburga sentou-se, cansada, mas mais alerta. "O quê?"

"Sobre mais cedo", Elizabeth a lembrou, um pouco confusa.

"O que você quer dizer?", suas sobrancelhas estavam franzidas e ela parecia genuinamente perplexa. "Nós não nos falamos desde o jantar de ontem à noite", ela olhou para o relógio. "Ou devo dizer, doze horas atrás."

"O quê?" Elizabeth murmurou. Foi então que ela olhou para os braços e viu o grosso manto escarlate. Depois de um momento juntando os pensamentos, ela percebeu o que realmente havia acontecido. "Não importa. Eu sei exatamente o que aconteceu", ela se levantou.

"O que aconteceu?", perguntou Walburga.

"Tom. Ele se esgueirou aqui ontem à noite e me fez pensar que algo aconteceu que não aconteceu. Eu não sei por que, mas ele está tentando separar nossa amizade", exclamou Elizabeth.

"Oh, isso é horrível Beth!" Walburga se levantou, dando um abraço de condolências em Elizabeth. O abraço não parecia natural por causa da aura criada por Walburga em seu sonho.

Elizabeth logo percebeu outra coisa. Tom e ela trocaram um beijo. Isso fazia parte do plano dele? Ele desejava que ela pensasse que isso tinha acontecido?

"O que você vai fazer?" Walburga estava de olhos arregalados, profundamente preocupada com absolutamente qualquer coisa que envolvesse Tom.

"Devo ir junto com isso? Talvez fingir estar brava com você e as meninas para que eu possa ver o que ele quer?"

Elizabeth se absteve de contar a ela sobre o beijo ou sobre o que era a briga. Walburga assentiu, "Vai servir bem para ele. Acho que sei o que está acontecendo. Acho que Tom quer separar você e as meninas de mim para que ele possa me ter só para ele", declarou ela, orgulhosa.

"Eu concordo", Elizabeth acenou com a cabeça. Ela sentiu uma pequena pontada de ciúme, mas a afastou rapidamente. "Então, para que esse plano funcione, precisamos executá-lo perfeitamente."

"Eu não vou falar com você. Nem uma palavra", Walburga colocou os ombros para trás, seu largo sorriso puxando um leve sorriso de Elizabeth. "Tilly", ela cutucou Matilda. "Acordar!"

Matilda sentou-se grogue, aborrecida com o antigo apelido pelo qual Walburga se dirigiu a ela, desconcertada com o cabelo em um coque no pescoço. "Hum?", ela esticou os braços na frente dela.

"Melissa!", Walburga sussurrou e jogou uma almofada nela, provocando um leve gemido. Por fim, todas as meninas estavam acordadas. Matilda se sentou ao lado de Elizabeth enquanto Melissa se inclinava, meio adormecida no ombro de Walburga.

"Por que estamos acordadas?", Matilda bocejou, "É tão cedo!"

"Bem, acabamos de tomar conhecimento de um plano que envolve...", Elizabeth começou.

"Tom está apaixonado por mim", interrompeu Walburga, mordendo o lábio enquanto ela tentava segurar um grito.

Matilda lançou os olhos para Elizabeth em uma fração de segundo, sem que Walburga percebesse.

Turned | Tom Riddle - PortuguêsWhere stories live. Discover now