Capítulo Trinta e Cinco

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"Matilda, ela está bem?", Elizabeth exclamou quando finalmente chegou à ala hospitalar. Ela viu a comoção e correu, mas ninguém a deixou passar.

Uma enfermeira se levantou calmamente e pegou a mão de Elizabeth, guiando-a para longe da cama do hospital, onde uma cortina bloqueava a área. "Ela sofreu um terrível acidente na livraria, mas ela está bem. Você deveria agradecer a esse jovem que ela está viva", a enfermeira apontou atrás de Elizabeth. A enfermeira se afastou e Elizabeth se virou. Ela viu Tom entrando na ala hospitalar em ritmo acelerado.

"Você?", Elizabeth questionou. "Você a salvou?"

"Sim, claro", ele assentiu, olhando atrás de Elizabeth para a área fechada. "Eu estava procurando por um texto sobre o tópico de remédios não mágicos para queimaduras", Tom mentiu, sem nunca querer tocar em algo que endossasse ideias trouxas.

Elizabeth ficou chocada no início. Claro, passou pela cabeça dela que ele próprio havia entrado em conflito com o acidente, mas ela não sabia por que ele machucaria alguém tão inocente quanto Matilda. "Oh meu, bem, obrigado por ajudá-la", ela assentiu.

"Eu senti que era necessário, ela sendo sua melhor amiga", explicou Tom.

"Alguém empurrou as prateleiras nela?", Elizabeth interrogou. Ela queria saber cada detalhe. Ela não viu nenhuma falha na história.

Tom balançou a cabeça, "Eu não vi ninguém, só os vi caindo".

"Oh Merlin...", ponderou Elizabeth. Ela não podia imaginar alguém que quisesse machucar Matilda. Ela era uma garota legal e nunca tinha feito nada de errado.

"Os tempos estão mudando", comentou Tom ambiguamente e deixou a ala hospitalar.

Elizabeth o observou se afastar e franziu as sobrancelhas. Ele era um enigma para ela. As enfermeiras não a deixavam ver Matilda, então ela decidiu ir para a biblioteca e estudar para não pensar no que estava acontecendo. Depois de três horas, Elizabeth voltou para a ala hospitalar. A cortina foi removida e Matilda estava deitada na cama, Melissa e Walburga ao seu lado.

"Beth!", Matilda exclamou com voz rouca, tentando se sentar, mas estremeceu e voltou para sua posição ociosa. Seu rosto pálido estava salpicado de hematomas e arranhões. Seu braço esquerdo havia quebrado e estava com uma tala de cura.

"O que aconteceu?", Elizabeth perguntou enquanto colocava sua bolsa no suporte ao lado da cama de Matilda.

"Eu não tenho ideia, eu estava apenas em Tomos e Pergaminhos quando as estantes caíram sobre mim", lembrou ela. Claro, ela foi esquecida e seguiu o que Tom disse a ela que tinha acontecido.

Walburga suspirou, sonhadoramente, "Tom foi um herói para resgatá-la a tempo antes que danos sérios pudessem ser causados".

"Ela ainda quebrou a perna e três costelas", ressaltou Melissa.

"Três costelas?", Elizabeth repetiu incrédula.

Melissa assentiu, "Ah, pode apostar, ela também abriu o lábio inteiro, foi nojento". Ela também explicou que elas passaram pelas enfermeiras e viram os ferimentos por si mesmas.

"Isso vai deixar uma cicatriz terrível", apontou Walburga.

"Eu não posso nem imaginar", Elizabeth exagerou.

Ela tinha visto muito pior do que alguns quebrados ossos e um lábio quebrado, mas ela não queria menosprezar a dor de Matilda.

Matilda bocejou, "Eu amo todas vocês tão ternamente, mas se você não se importar de sair enquanto eu durmo. Estou tão exausta".

"Não se preocupe, nós entendemos", Walburga falou por eles. Elizabeth estava desamparada, pois, acabara de chegar. As três meninas se revezaram para abraçar Matilda e se despediram dela e das enfermeiras.

Turned | Tom Riddle - PortuguêsWhere stories live. Discover now