Simone Tebet

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Cheguei no comecinho da noite na grande fazenda dos meus pais.

Entrei ao abrir aquele grande portão imenso que pesava muito, e que na frente tinha às iniciais VT.

Peguei novamente a minha mala, e andei por aquela grama verdinha que só a fazenda dos meus pais tinha, pois era uma grama bem cuidada e amparada.

Fui caminhando apressadamente até que finalmente cheguei na casa dos meus pais.

Logicamente que meus pais são ricos, porque verdade seja dita; eu não nasci para ser pobre.

Fui até a porta na frente da casa e bati três vezes minhas mãos, no intuito de aparecer alguma, porém, ninguém apareceu.

Bati novamente minhas mãos, até que dois segundos depois, Joana, a cozinheira da casa apareceu na porta, abrindo-a e vindo até a mim com um sorriso largo no rosto.

— Pequena, Soraya! — Se aproximou de mim, me abraçando. — Há quanto tempo não vejo você, menina. — Saiu do abraço me fitando. — Olha só como você está linda, está tão crescida.

Arquei minhas sobrancelhas, olhando para ela, que observava meu pequeno corpo.

Eu era tão pequena que cabia em um pote de maionese, e ela também era do mesmo tamanho que eu. Pois tinha mais de quarenta, e foi encolhendo ao decorrer da idade.

— Eu não estou linda, Joana. Você é que está uma gata. — Sorri para ela. — Aposto que o senhor João está caidinho por você. — Lhe olhei com um sorriso malicioso, ela corou na hora.

João já era de idade avançada e trabalhava para meus pais, ele cuidava dos gados, e eu pudia jurar que ele era caidinho por Joana, já que os dois tinham a maior química.

— Que isso, menina! — Joana revirou os olhos, rindo em seguida. — Vamos entrar logo, porque seus pais estão loucos esperando por você. — Avisou e eu assenti.

Ela pegou minha mala, mas eu a tirei de sua mão, porque não queria dar trabalho para ela, mas do que eu já dava quando era criança.

Ela fez uma careta nada legal, mas eu não me importei com isso.

Andei com a mala até entrar dentro de casa, observei ao redor vendo que nada mudou desde quando eu saí dali.

Eu nasci e fiquei minha infância toda na fazenda dos meus pais, mas nunca me senti fazendeira, até porque não era isso que eu queria.

Na primeira vez que eu fui para a cidade com o meu pai comprar algumas coisas para a fazenda, eu vi os prédios altos, o cinema, o shopping e vários pontos turísticos interessantes que me fez querer morar lá.

Então decidi aos quinze anos morar na cidade, claro que meus pais não queriam isso para mim, mas como eles sempre  fazem minhas vontades, eu me mudei com dezesseis anos para a cidade, onde eu fiquei na casa da minha tia, e quando eu fiz dezoito, tive minha própria casa graças aos meus pais.

— Olha só que está aqui, minha princesinha. — Disse meu pai sorridente, ao aparecer na sala.

Sorrir indo até ele, abraçando-o fortemente.

— Pai! Que saudade! — Apertei meus olhos ao fechar, ainda sentindo o abraço de meu pai.

Sentia muita falta dele.

— Como você está, filha? — Perguntou saindo do abraço, me fitando.

— Eu estou bem, pai. — Falei indo até o sofá, me sentando no móvel.

Minhas Férias Na Fazenda Where stories live. Discover now