O Bolo

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Pov Soraya:

Eu estava voltando tranquilamente para minha casa com um sorriso enorme no rosto, meu corpo vibrava de alegria e a grande adrenalina se espalhava por tudo meu cerne, graças ao que aconteceu entre eu e Simone em outrora.

Caminhei diretamente até a minha fazenda, e assim que cheguei, fui andando vagarosamente até chegar em minha casa. Já estava quase noite, faltando apenas pouco tempo para escurecer.

Entrei em casa deixando minha bota no canto da porta, caminhei pela sala vendo que ninguém estava ali, e que a televisão estava desligada.

Estava tudo em silêncio... Estranho.

Então fui logo subindo as escadas para ir em direção ao meu quarto, escutei vozes vindo direto do corredor, dei alguns passos mais para frente percebendo que as vozes ficavam ainda mais fáceis de se ouvir.

Diante disso, vi que essas vozes estavam vindo do quarto do meu irmão, que ficava ao lado do meu quarto.

Você não vai dizer nada...

Sei prometemos não dizer, mas é preciso...

Franzi o cenho ao ouvir aquelas falas saindo do quarto do meu irmão.

Peguei na maçaneta da porta, abrindo ela de uma vez e entrando dentro do quarto dele. Me surpreendi ao vê quem eu menos esperava lá ali.

Era meu pai quem estava lá, e ele não estava sozinho, dona Fairte a mãe da Simone, estava junto com ele ao seu lado.

Logo que eu entrei, eles me fitavam completamente assustados, podia observar meu pai engoli seco enquanto Fairte arregalava os olhos.

— Soraya, filha. Há quando tempo está aí? — Meu pai perguntou um pouco ofegante, e de certa forma, amedrontado.

— Faz alguns minutos que eu cheguei, pai. — Respondi ainda franzindo o cenho. — Dona Fairte, pensei que estivesse na casa da Simone. — Comentei desconfiada.

— Ah, eu.... E-Eu vim aqui para agradecer o seu pai por salvar a fazenda da Simone. A fazenda dela está dando muito lucro, então eu só vim até aqui para agradecer mesmo. — As falas que ela proferia saíram muito abafadas.

Era lógico que ela não foi lá só por isso, tinha algo à mais. Eu escutei metade da conversa, e podia ter certeza que não era só aquilo.

— Entendi... — Diáloguei como se eu realmente acreditava em sua palavra.

Observei ela assenti reprimindo os lábios.

— Bom, já que eu agradeci... Eu já vou indo. — Fairte avisou intercalando seu olhar entre eu e meu pai, enquanto passava as mãos na cintura.

— Eu te acompanho até a porta, Fairte. — Pronunciou meu pai. Arquei uma sobrancelha quando ouvi aquilo.

De onde veio aquele intimidade toda por ele estar chamando ela pelo nome? Não era ele que disse que os Tebet's eram apenas nossos vizinhos?

— Não precisa, Eraldo. Eu conheço o caminho. — Fairte o respondeu sorridente.

— Imagina, Fairte! Eu faço questão de lhe acompanhar.

Eu apenas fiquei ali olhando aquela patifaria com meus braços cruzados.

Fairte cedeu a sua insistência, e meu pai deixou ela ir na frente para ele ir em seguida acompanhando ela até a saída. Meu pai deu um tampinha no meu ombro sorrindo fraco para mim, depois saiu do quarto do meu irmão junto com a mãe da Simone.

Enquanto isso eu fiquei ali, totalmente incrédula ainda de braços cruzados tentando entender o que tinha acontecido. E sobre o que eles estavam conversando.

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