Dia Puxado

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Já se passaram das onze horas da manhã, e eu ainda estava terminando de fazer o que Simone me pediu.

O sol estava batendo em mim, minhas roupas estavam sujas, eu estava cansada e com muita sede, mas tinha que terminar de colocar a ferradura do cavalo antes.

Comecei a aparar e nivelar os cascos, no intuito de facilitar a marcha do cavalo, segundo o vídeo que eu vi.

Coloquei a ferradura nele, e depois pus os cravos que foram fixados com o auxílio de um martelo nas partes mortas do casco.

Com isso, terminei finalmente de fazer o casqueamento do cavalo César.

Nunca me senti tão feliz na vida por ter terminado de fazer meu trabalho.

E agora eu estava morrendo de fome, precisava muito comer.

Então, saí do curral à procura de Simone, que eu não via há horas atrás desde quando eu comecei o trabalho.

Passei por um enorme campo onde havia vários animais por lá, comendo a grama fresca da terra.

De longe observei Simone, ela estava em uma área vazia onde não tinha nenhum animal, nenhuma planta e nenhum gramado, era apenas terra e barro.

Ela estava cavando um grande buraco no meio daquela terra, com uma pá nas mãos.

Não resisti em morder os lábios quando vi aquela deliciosa cena. Simone Tebet estava completamente suada, usando apenas um top preto com sua calça jeans e botas nos pés, enquanto cavava um enorme buraco. Seus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo perfeito, e seus braços estavam à mostra.

Aqueles maravilhosos braços brancos e musculosos, que me fizeram derreter ali mesmo por eles.

Desabafo do dia meninas... Meu Deus.

Balancei a cabeça saindo do meu transe. Mas o que eu estava pensando? Isso era loucura.

Ela só é uma velha maromba com braços fortes, e uma barriga toda chapada na qual eu queria muito tocar.

Eu só podia estar viajando das ideias. Eu detesto aquela mulher com todas as forças.

Fui até ela deixando apenas o calor do sol invadi meu corpo. Nada mais além disso.

— Já terminei de fazer o casqueamento do César. — Avisei para ela, assim que eu me aproximei.

Ela parou o que estava fazendo e me fitou ofegante com aqueles olhares intensos, que me fizeram sentir um incômodo lá em baixo.

Que isso Soraya Thronicke? Para com isso. Me esbravejei mentalmente.

— Ótimo, Thronicke. Que bom. — Sorriu para mim. E eu achei aquilo muito... Raro. — Você fez tudo certinho?

— Fiz. — Respondi olhando em seus olhos.

— Legal, então trate de fazer a mesma coisa nos outros cavalos. — Apenas falou isso e voltou a fazer o que estava fazendo.

Arregalei meus olhos, fitando ela com a boca meia aberta.

Ela só podia estar brincando.

— Você não está falando a verdade, Tebet.

— Se eu mandei você fazer o casqueamento em todos os cabelos é porque eu estou falando a verdade. — Parou o que estava fazendo para me dizer aquilo.

— Você está brincando com a minha cara? Sabe quando tempo eu vou passar fazendo essa merda de casqueamento em todos os cavalos?! — Perguntei alterada.

— Se você resolver parar de gritar igual uma doida descontrolada e começar a fazer logo o casqueamento, você não demorará mais que três horas. — Falou dando de ombros.

Minhas Férias Na Fazenda Where stories live. Discover now