Só Uma Chance

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Pov Soraya:

Eu corria incansavelmente para a casa, e por mais que eu corresse muito, era como se minha casa estivesse a vários quilômetros longe de mim, não parava por nenhum segundo para descansar, e meus olhos caiam lágrimas por lágrimas, a dor era inevitável naquele momento. Eu poderia estar sendo dramática, mas doía tanto para eu não conseguir demonstrar.

— SORAYA! — Ouvi Simone gritando meu nome em voz alta.

Parei involuntariamente de correr e, quando eu me virei para trás ofegante, lá estava ela, correndo desesperadamente atrás de mim, e tudo que se passava na minha cabeça era como ela havia trocado de roupa tão rápido? E como estava correndo daquele jeito?

Nem parecia que aquela mulher tinha a idade que tinha, Simone corria muito como uma profissional.

— Soraya, precisamos conversar! — Ela disse imediatamente quando parou de correr, ficando de frente para mim, estando completamente ofegante.

— Não temos nada para conversar, Simone. — Pronunciei limpando as lágrimas do meu rosto.

Não queria que ela pensasse que eu era frágil até certo ponto.

— Precisamos sim, Soraya! E você sabe disso.

Fiquei ali parada em sua frente, enquanto observava seus mínimos detalhes, eu não queria ser rude com ela, mas se ela quisesse conversar apenas, então assim seria.

— Tudo bem... — Suspirei profundamente. — Sobre o que quer conversar? — Encarei ela com os olhos vermelhos obtendo requisitos de lágrimas.

— Sobre o que você viu... Aquilo foi um grande mal entendido.

— Simone, você não me deve explicação pelo o que eu acabei de ver. — A interrompi um pouco alterada. — Não me interessa se você ainda come sua esposa e quem sabe até outras por aí. — Ela ficou em um completo silêncio, apenas escutando. — Eu quero que você saiba que se ontem não significou nada para você, então não devíamos ter feito aquilo.

— Mas significou, Soraya! Eu disse para você que eu gosto de você.

— Como pode gostar de mim se você fica ainda com a sua ex-esposa? — Indaguei incrédula.

— Porque eu... — Hesitou em dizer, mas disse: — Porquê eu ainda amo ela! — Admitiu em ênfase.

Senti um aperto do peito quando ouvi aquilo, e minha reação não foi das melhores ao ouvi-lá confessar que ainda existiam sentimentos pela Valentina.

Só poderia ser mentira, tinha que ser mentira.

— Então por que não fica com ela? Já que você a ama tanto assim... — Proferi com a voz embargada, meus olhos estavam começando a marejar novamente.

— É mais difícil do que você pensa. Eu estou tentando esquecê-la. — Comentou passando a mão na nuca.

— E como você quer esquecê-la comendo ela? — Indaguei retoricamente. — Não é desse jeito que se esquece alguém, Simone!

— Soraya, escute bem. Quando você e eu transamos ontem, eu senti que eu posso esquecê-la através de você, porque você me fez sentir algo que eu não sentia há muito tempo atrás. Eu ainda não sei o que é, mas talvez seja algo forte e intenso capaz de destruir esse sentimento que eu criei por Valentina.

Ela explicava de um jeito vigoroso, suas palavras e seu olhar sobre mim, destacava o quanto Simone estava determinada a tirar aquele sentimento que ela sentia pela ex-mulher, era como se ela estivesse sufocada por isso.

Mas eu não entendia o por que.

— Já que você quer tanto tirar esse sentimento que diz sentir por Valentina, por que transou com ela ontem a noite? — Perguntei a encarando seriamente.

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