Dona Desse Amor

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Pov Soraya:

Fazia uma semana que eu estava trabalhando para Simone, e até que eu estou de boa com isso, ainda não deu vontade de pegar uma corda e me matar.

Simone estava como sempre sendo insuportável comigo, todavia, mesmo assim eu estava tentando não ligar para seus sermões, insultos e ordens.

Só faltava mais uma semana para esse trabalho acabar, e eu poder me livrar dela finalmente, então não ia deixar tudo mais complicado do que já estava.

Eu estava na cozinha, sentada na cadeira enquanto comia bolo de fubá com goiabada, a melhor receita já feita pela Joana, que é uma excelente cozinheira.

— Está gostoso o bolo, pequena Soraya? — Joana perguntou sorridente, ao meu lado.

— Está uma delícia, dona Joana! — Elogiei dando mais uma mordida no bolo, enquanto lambia os dedos sujos de goiabada.

— Que bom, pequena. — Sorriu com ternura. — Vou preparar um munguzá para você depois que comer tudo. Você está muito magrinha.

Olhei para meu perfeito corpo, não vendo nenhum defeito nele, apenas uma excelente curva sem muita gordura ou menos gordura.

— Não precisa, Joana. Eu não preciso comer muito, senão vou ficar obesa e acabar explodindo.  — Comentei.

— Oxi, menina. É apenas mais um alimento para acrescentar sua refeição, você não vai engordar, nem mesmo explodir. — Pronunciou rindo.

— Tudo bem, se você quiser preparar para mim, então eu permito. Mas não vá pensando que eu sou gulosa não, só estou comendo para não contrariar você.

Vi ela assentindo.

— Eu vou na horta colher as espigas de milho para começar a fazer o munguzá, tá bom? — Disse e eu assenti.

Ela saiu da cozinha, e eu fiquei ali continuando a comer quase terminando aquele delicioso bolo.

Meus pais haviam saído para a casa de uns amigos, meu irmão estava trabalhando no curral, e eu iria me aprontar depois para ir mais uma vez na fazenda de Simone.

Iria enfrentar aquela fera em formato de gente.

Assim que terminei de comer o bolo de fubá, ouvi passos se aproximando, ergui meu olhar vendo Heitor entrar na cozinha, ele era um dos trabalhadores do meu pai, tinha a mesma idade que ele, porém, era mais musculoso, tinha um perfeito cavanhaque, e sempre andava suado devido ao trabalho.

— Ah, Soraya. Que bom que eu te encontrei.  — Ele falou se aproximando de mim. — Pode fazer um favor para mim?

— Sim. — Fui sucinta enquanto olhava para ele.

— Já que você daqui à pouco vai a casa da Simone, fala para ela parar de ficar levando os animais dela até aqui, e ficar alimentando eles através da comida dos animais do seus pais. — Ele proferiu de modo agudo.

Ergui uma sobrancelha ficando incrédula com o que acabei de ouvir.

Era só o que me faltava. Simone ficou roubando nossa comida para alimentar seus animais. Era do fetiche dela me irritar.

Minhas Férias Na Fazenda Where stories live. Discover now