Ajuda Necessária

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Pov Simone:

Depois que Soraya foi embora, fiquei parada ali, enquanto fitava minha ex esposa na minha frente, ela estava me encarando com uma cara de incredulidade.

— Não sabia que você está pegando a filha dos Thronicke's, Simone. Pensei que isso não fosse do seu fetiche. — Comentou cruzando os braços.

Rolei os olhos por sua fala.

— Não é nada disso que você está pensando, Valentina. — Fui até o Trovão para continuar a dar banho nele.

— Ah, sério? Porque o que eu estou pensando não é nada bom. — Falou com sacarmos vindo em minha direção. — Simone, ela parece ser uma criança perto de você.

— Ela tem 19 anos, Valentina. — Falei impaciente, olhando para ela através da visão periférica.

— 34 anos de diferença, Simone. Pelo amor de Deus! — Entrou na minha frente, não deixando eu dar banho em Trovão. — Você tem idade para ser mãe dela. Na verdade, você tem idade para ser avó dela, o que é pior ainda.

Bufei irritada, já estava de saco cheio daquele assunto.

— Valentina, por favor, pare! — Ordenei um pouco alterada, percebi que ela havia parado. Então eu disse: — Soraya e eu não temos absolutamente nada, e nem vamos ter. Ela apenas trabalha para mim a mando do pai dela, nada mais além disso. E a propósito, eu odeio aquela menina.

Valentina me olhou um pouco desconfiada, como se não estivesse acreditando em minha palavra, mas depois sua expressão se suavizou, ela suspirou fitando o chão.

— Me desculpa, Simone! — Pediu me olhando com os olhos marejdos. Franzi o cenho por isso. — É que foi tão difícil para mim ver você quase beijando ela. Não iria suportar ver você beijando outra pessoa que não seja eu.

Balancei a cabeça em negação, enquanto suspirei pesado.

— Você tem que entender uma coisa; eu não sinto mais nada por você desde quando nos separamos. — Avisei firmemente.

— Isso não é verdade! Eu sei que você ainda carrega sentimentos por mim, porque sempre fomos tão apaixonadas. Fizemos promessas e juras de amor, você não iria esquecer disso da noite para o dia. — Vi uma lágrima solitária cair do seu olho, molhando seu rosto lentamente.

— Quando você me deixou para morar com a sua tia em outro Estado, você não estava demonstrando o amor que dizia sentir por mim. — A enfrentei lembrando-a do motivo da nossa separação.

— Minha tia estava doente, eu não poderia deixar ela morrer sozinha. — Argumentou soluçando. — E você não fez a mínima questão de ir comigo para outro Estado, preferiu comprar essa fazenda e viver sua vida longe de mim.

— É engraçado como você sempre me coloca como a vilã da história. — Comentei em um tom sarcástico, rindo nasalmente. — Você sabe perfeitamente que eu queria comprar essa fazenda, e mesmo assim, decidiu se mudar para a fazenda da sua tia, inventando que ia cuidar dela.

— Eu não inventei nada, Simone! Você. — Apontou o dedo indicador para mim. — Você ficou insinuando que eu tive um caso com a amiga da minha tia, só porque viu a gente conversando.

— E não tinha? — Indago retoricamente. — Você dediciu morar com a sua tia na fazenda dela, só para ficar com aquela mulher. — Quase gritei alterada.

— ISSO NÃO VERDADE! — Ela gritou completamente enfurecida. — Eu nunca, jamais iria trair você, e sabe por que? Porque eu te amo, porque eu sempre vou te amar, mesmo você sendo a pior das ciumentas, mesmo você acabando com o nosso casamento, mesmo você vindo para essa droga de fazenda, eu sempre vou te amar, e nunca ficaria com outra mulher a não ser você, Simone.

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