Capítulo 5

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Acordei naquele domingo ensolarado perdida sobre onde eu estava, mas aos poucos eu fui recobrando a consciência do que tinha acontecido no dia anterior. Às vezes eu desejava desaparecer do mundo, seria maravilhoso ficar apenas tomando sol com um copo de suco e um guarda-chuva nas Bahamas. Encontrei o meu celular em cima da mesinha de cabeceira e li todas as 300 mensagens que a Holly tinha mandado, respondi contando detalhadamente os pontos principais da viagem e da calorosa recepção da minha família, não deixando de mencionar o beijo na bochecha demorado do meu ex-noivo.

O Nate abriu a porta do quarto vestindo uma camisa branca e um bermudão verde, eu já estava sentada na cama quando ele checou o relógio de pulso antes de falar enquanto eu o encarava.

- Bom dia! – sorriu.

- Bom dia. – levantei-me da cama espreguiçando.

- Você tem que descer para tomar café, hoje é dia de baseball. – suspirei em concordância enquanto ele se jogava na cama.

- Você não vai invadir o banheiro, né? – perguntei entrando no banheiro, sonolenta demais até para trancar a porta.

- Eu não sou um maníaco. – respondeu ofendido e voltou a sua atenção para o seu celular quando eu encostei a porta.

Entrei na cozinha vestida com um short e uma camiseta qualquer, coloquei um pouco de chá na caneca que eu tinha desde que me entendia por gente, e me sentei na cadeira. Mal tinha colocado um pouco de cereal em uma tigela quando a Zoey entrou igual um furacão no cômodo.

- Pode me contanto tudo! – sentou ao meu lado e eu respirei fundo, já tendo que lidar com a minha prima logo cedo.

- O que você quer saber? – perguntei.

- TUDO! – ela gritou e eu olhei para ela assustada com seu surto. – Porra! Ele tá muito diferente desde a última vez que o vi, e eu ainda não consigo acreditar que vocês estão juntos, isso era impossível.

- Ele não tá tão diferente assim, só tá mais... – procurei pela palavra certa. – Maduro.

- Desde quando vocês estão juntos? – perguntou e eu despejei um pouco de leite em cima do cereal.

- Não faz tanto tempo assim... – Eu não queria mentir para a minha prima, então acabei sendo vaga demais contando as mesmas coisas que o Nate tinha contado para os meus pais no dia anterior.

- Isso é inacreditável, quem te viu e quem te vê. – riu. – Me conta a parte boa, como é o sexo? Porque, tipo, esse cara é um deus na boca das mulheres.

- Ele comeu todas as menininhas da cidade, obrigada por me lembrar. – Fiz uma careta e voltei a comer.

- Aaaaaaah, não fica assim, ele é todo seu agora. Mas me conta, como é?

- Meninas, parem de fuxicar tá na hora do jogo. – Matt invadiu a cozinha para nos chamar. Salva pelo gongo!

Engoli o meu cereal e puxei a Zoey para o gramado, enquanto o Nate e o Tony dividiam os times.

- Eu vou ficar com o time vencedor, ops, do Nate. – provoquei assim que me juntei a eles.

- Vai sonhando, irmãzinha. – Tony respondeu.

- Pensando bem, toda vez que a Ashley estava na mesma equipe que o Nathan, por mais que fosse raro na época, eles sempre ganhavam. – Sophia falou e eu constatei que aquilo era mesmo verdade.

- O choro é livre, Tony. – Nate falou e jogou a moeda para o alto, íamos decidir quem começa na cara ou coroa.

Começamos na defesa e eu me pegava admirando como os músculos do braço do Matthew contraíam toda vez que ele rebatia a bola, em uma dessas eu quase deixei a bola passar e o Nate quase me esganou pedindo para que eu prestasse atenção. Prestei atenção, não na bola e sim no Matt. Ele estava absolutamente lindo com aquele calça dobrada na canela e uma camisa pólo.

Very Well AccompaniedWhere stories live. Discover now