Capítulo 13

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Existia alguma lei da natureza que dizia que a felicidade devia ser medida ou guardada para si mesmo, porque se tem uma coisa certa nessa vida é a que você pode estar muito feliz agora, mas vai ficar muito triste logo em seguida.

Depois de tanto apanhar da vida, eu tinha aprendido a lição de que eu precisava curtir cada momento de felicidade, cada sorriso que não cabia no meu rosto, cada segundo em que o meu coração pulava de alegria dentro do peito.

Era muito bom.

Mas eu sabia que sempre era muito bom para ser verdade.


Naquela fatídica manhã...

Pela primeira vez não só naquela semana, mas na vida, eu tinha acordado com os braços do Nate ao meu redor.

Se um mês atrás alguém me contasse que um dia eu acordaria com ele abraçado em mim eu teria gargalhado da piada. Mas agora a coisa toda era real e – de certa forma – fofo.

Abri os olhos para encontrar os raios de sol atravessando a cortina do quarto, sorri involuntariamente ao perceber que eu estava tentando curtir os mínimos detalhes. O que acontecia quando eu estava feliz.

Então flashs da noite passada começaram a passar pela minha cabeça e eu não podia ignorar a lembrança de beijos doces e ternos, quentes e famintos. Toda a expectativa que criamos deu um resultado sensacional. E pelo sorriso que eu não conseguia tirar do rosto pelo resto da noite eu tinha certeza que as coisas não seriam mais as mesmas, começando pelo fato de sentarmos e conversamos igual as duas crianças que já fomos um dia. Não era a mesma coisa, era um sentimento totalmente novo, mas não deixava de ser diferente de uma forma maravilhosa.

As fotos que tiramos no meu celular não me deixava mentir, inclusive uma que a Zoey tinha tirado enquanto eu o abraçava e não dava para ver o seu rosto, mas era bem espontânea a risada que eu tinha dado, foi parar no meu instagram.

Holly foi a primeira a comentar "otp supremo #nash", mostrei a ele que deu altas risadas por causa da junção de nossos apelidos e depois me perguntou o que era otp. Apenas respondi que o Google estava aí para isso e ele apenas franziu as sobrancelhas, não insistindo no assunto e voltar a falar sobre como tinha conseguido o emprego na New York Times.

No fim da noite viemos para casa, Zoey desmaiada no banco de trás e Nate cantando Gap do The Kooks do meu lado. Eu estava com os olhos fechados, mas sentia a música invadindo cada poro da minha pele, entrando em minha mente e me fazendo repensar sobre a escolha dele de ter colocado exatamente aquela música, com aquela letra.

And I miss you, and I need you and I do...

Chegamos em casa em silêncio, fui direto para cozinha beber um copo de água e ele me acompanhou. Ficamos ali, um olhando para a cara do outro ainda em silêncio, então ele me beijou. Por longos minutos.

Don't go, take my love. I won't let you, I'm saying please don't go...

E quando o cansaço foi maior, subimos para o quarto e nos deitamos. Sem nenhuma palavra. Apenas carinho. Mas eu ainda cantarolava mentalmente a música que tinha ouvido no carro até que eu finalmente dormisse, com os braços dele ao meu redor me aninhando.

And I miss you, and I love you and that's true.


Depois do café da manhã, Sophia levou todo mundo até um salão de dança que tinha na cidade alegando que tínhamos que ensaiar pelo menos algumas vezes para a valsa. Ela e Tony começaram primeiro, depois os outros casais se juntariam a eles. Eu e Nate ficaríamos juntos, Zoey fez um alarde porque não queria dançar com o Matt, então decidiu dançar sozinha, já que o primo da Sophia só estaria presente no jantar. Por fim, Matt acabou pedindo para dançar com a amiga da noiva.

Very Well AccompaniedWhere stories live. Discover now