2 - BDSM

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- Sim, senhor.

Sim, senhor.

Provavelmente, a frase que eu mais ouvi na vida.

Uma combinação elegante de duas palavras que se uniam para demonstrar duas emoções:

Obediência.

Respeito.

Elementos que transbordavam em minha vida.

A sensação atingia aquele cume da satisfação pessoal, quando você percebe que subiu na hierarquia em um ponto tal que transcende questionamentos.

E seguia... até ultrapassar o limite e se tornar algo mundano e corriqueiro ao ponto de não representar mais qualquer gratificação.

As primeiras vezes que meus funcionários se dirigiram a mim daquele modo, eu sabia que era apenas reflexo: meu avô estava ao lado, observando tudo e todos. Eles nunca me desobedeceriam ou desrespeitariam na frente dele.

Depois, eles seguiram usando aqueles termos e eu notei que era o poder do meu comando, não apenas da autoridade de meu avô. O nível de satisfação ali foi agradável.

O poder que vinha com a constatação da autoridade.

Deliciosa e embriagante autoridade.

E então um dia se seguiu ao outro e não havia nada novo em minha posição dourada no topo da pirâmide. O poder tornou-se insípido.

Oh querido. Te explicaram errado.

Esfreguei as têmporas com força tentando tirar a voz dela da minha memória.

Eu não sou estúpido.

Eu sei o que ela fez.

Eu sei como me provocou.

Eu sei qual sua intenção.

Mas o que cacete eu podia fazer se tinha funcionado?

Ela me disse "não". Pura e simplesmente.

Você não me escolhe. A única chance que tem de me comer seria se eu te escolhesse.

E quem ela pensa que é para me dizer "não"?

"Sim, senhor" era tudo que ela deveria ter dito.

Mas se tivesse dito isso teria aplacado as forças nefastas que habitam a parte mais pervertida de minha alma.

Se tivesse dito isso não teria conquistado meu interesse.

Mas não foi isso que ela disse.

Yasmine foi a única daquelas mulheres que ousou me recusar e, justamente por isso, seria perfeita.

Eu precisava de alguém que não tivesse medo de me desafiar.

Alguém que me desobedecesse.

Que me desrespeitasse.

E ela era perfeita porque era justamente isso que me oferecia:

Desobediência e desrespeito.

O fato de que seu "não" me deixou duro e puto era apenas um bônus.

Eu adoraria rasgar suas roupas, lamber sua bocetinha, e lhe forçar a me explicar como ela não iria me foder porque não fode moleques. Ia rasgar sua carne no exato instante que tentasse justificar, balbuciando palavras incompreensíveis de desejo misturado às tentativas de se manter no controle. Ia rasgá-la e destruí-la, fazendo-a engolir sua arrogância e autoridade.

[Degustação] MalíciaWhere stories live. Discover now