6 - Roleplay

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- Certo. Eu tenho algumas regras dessa vez.

Pisquei os olhos para Joe assim que entrei no banco de trás do carro. O motorista da limousine ainda colocava minhas malas na parte de trás do carro, antes de assumir a direção, além da divisória escura.

- Você não faz as regras, querido. - brinquei, provocando sua gola.

Nada de paletó ou gravata, hoje. Joe usava uma camisa branca de mangas compridas e uma calça jeans. O conjunto inteiro se agarrava demais aos seus músculos de um jeito particularmente apetitoso.

Queria morder sua bunda de novo.

- ... dentro da casa, e por isso. Yasmine? - inclinou o rosto, apreciando meu olhar perdido em sua virilha - Está ouvindo?

- Hm, não. - confessei, sem pudor, fazendo-o rir.

- E por que se distraiu, posso perguntar?

- Me distraí porque estava pensando se você aceitaria ser espancado no trânsito, em um carro em movimento. - considerei.

Matzen ainda tinha a boca bem aberta entre um ultraje divertido ou uma tentativa de expressar sua indignação. Mas apenas expirou uma risada sofrida e voltou ao seu discurso.

- Acho que não vou poder apanhar esse fim de semana, meu bem. - avisou.

- E por que não? - cruzei a perna no banco de trás, ao seu lado, passando meu joelho por cima da perna dele. Joe deslizou sua carícia sobre minha coxa quando escorreguei o toque por seu peito.

- Porque haverá muita gente lá. Temos que nos comportar. - ele sussurrava, seus lábios raspando na lateral do meu rosto. Suas palavras saíam fracas como se suas forças rapidamente se esgotassem.

- Não gostei disso. - murmurei manhosa.

- Oh, acredite, eu já estou me arrependendo, também. - engoliu em seco. Sua mão pesou sobre minha coxa.

- Tudo bem. - descruzei a perna, afastando-o. Ele hesitou, como se desaprovasse. Mas se recompôs depressa - Conte-me o que prefiro saber.

- Todo ano, Ewan faz uma festa em sua casa de campo. Durante a temporada de caça. Dura o fim de semana inteiro. Deveríamos ir para fazer negócios, mas, como me foi explicado recentemente, eu sou o único que se incomoda com isso. Os outros vão para...

- Comer, beber, atirar em alguma coisa e foder alguém?

- Eu não poderia dizer melhor se tentasse.

- E suponho que muitos deles levam companhias não-oficiais.

- Precisamente.

- Então, por que precisa se policiar?

- Porque levam pessoas que contrataram para foder. Não para bater.

- Nossa, você realmente tem um complexo com essa coisa das palmadas, não é?

- O que vamos fazer dentro do quarto não dirá respeito a mais ninguém. Não é com as palmadas que estou preocupado.

- Mas está preocupado?

- Você tem um jeito de ser... - sua língua dançou na boca, enquanto escolhia o modo adequado de explicar - pungente. - estreitou os olhos, esperando para descobrir se eu me irritaria.

- Eu trato você como meu pertence porque é o que o excita. Mas está querendo dizer que apreciaria se eu fosse mais suave, apesar de suas preferências sexuais, enquanto estamos em público. Para não passar para os seus colegas a ideia correta de que você se delicia ao ser meu bichinho de estimação.

[Degustação] MalíciaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora