2.1 - Submissão

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Não ia dar certo.

Eu andava com um peso entre as minhas pernas. Meus testículos pesados e doloridos.

Filha da puta.

Dois dias se passaram e minhas ilusões de comer Yaya se reduziam exponencialmente a cada instante que passava.

Eu paguei para ser fodido por uma puta profissional e, ao invés disso, fui fodido por Delvak.

Ele me deu garantias que Yasmine, evidentemente, não pretendia cumprir. Considerando a soma total que paguei, Yaya me custava mais de dez mil por noite.

Dez mil por cada dia que ela não me fodia.

Dez mil por cada noite que ela me forçava ao sofá.

Dez mil por cada manhã que ela me fazia servir seu café na cama.

O pior era aquela porra daquela lingerie que ela usava para dormir.

Eu estava certo que era exclusivamente para me provocar. Mulher nenhuma gosta de dormir com aquela porra enfiada na bunda.

O fato era muito simples: não ia dar certo.

Simplesmente não ia.

Yaya se divertia com minha perturbação, quando ela mesma tinha sido muito clara: se o prazer existe para apenas uma das partes, algo está errado. Eu me afundava em um poço de cólera e insatisfação, enquanto ela recebia café da manhã na cama.

Eu a detestava mais a cada dia que passava, e me concentrava em meu trabalho cada vez menos.

Soquei o travesseiro sob minha cabeça e tentei dormir quando ela se trancou no quarto pela terceira noite seguida.

Terceira.

Noite.

"Contratar uma prostituta de luxo para satisfazer os prazeres que as namoradas normais não conseguiam".

Mas que bela ideia de merda.

Aquilo não ia dar certo.

Meus sonhos eram recheados de mulheres nuas e maravilhosas que obedeciam todos os meus comandos, menos o de me permitir fodê-las. Bastava que eu também me despisse, e as mulheres de meu insconciente eram rápidas em me recusar e me taxar de moleque. Eu as odiava e berrava que não pagaria pelo seu serviço. Mas então elas se desfaziam como um gato de Cheshire em imensos sorrisos vis e coloridos, que sempre me lembravam o dela.

Filha de uma puta.

Eu acordei com uma camada de suor frio cobrindo meu corpo exausto de pesadelos e frustrações sexuais.

- Bom dia. - ela estava passeando pelo quarto com o a lingerie escura translúcida no topo dos seios - Não precisa trazer meu café hoje, Joe. Vou sair cedo.

Quando eu ficar pelada você não vai ter nenhuma chance.

Bem... ela tinha me avisado.

Mordi o lábio com força e levantei irritado. Me enfiei embaixo do chuveiro e assisti minha ereção implorar por ajuda.

Respirei fundo.

Mas não havia oxigênio suficiente naquele banheiro para aplacar a vontade que eu tinha de marchar para fora daquela porra, arrancar Yaya pelas coxas, sugar sua bocetinha até vê-la se avermelhar e então me enfiar em suas carnes quentes, socando como um animal.

Alisei minha extensão e aquela atenção bastou para fazer o fluxo de meu sangue se intensificar.

Meu corpo exausto exigia uma dedicação que a dias não recebia.

[Degustação] MalíciaWhere stories live. Discover now