A cada passo que ele dava, um novo rangido fazia-se ouvir.
As escadas de madeira eram velhas, tal como toda aquela casa digna de um filme de terror. No ar emanava o cheiro a mofo e, juntamente com a humidade das paredes e a camada de pó que cobria, quase por completo, os móveis, dava para perceber que a casa já não era habitada há anos.
O rapaz transportava, bem apertada por entre as suas mãos, uma estaca, e notava-se pela sua expressão que estava pronto para atacar a qualquer momento.
Escondido na penumbra, encontrava-se um homem um pouco mais velho que ele, à sua espera. Ambos se perseguiam mutuamente como se fossem inimigos mortais.
Assim que o pé do rapaz toca o último degrau, o homem corre até ele, revelando o seu esconderijo. O rapaz olha para ele durante alguns segundos, surpreso, mas depressa se recompõe e lança-se na sua direcção.
Eles trocam vários golpes mas cada um se defende com precisão e mestria. É como se previssem os movimentos um do outro.
Num movimento repentino, o mais velho consegue acertar em cheio na cara do rapaz.
A estaca cai ao chão, e a sua boca é tomada pelo gosto metálico do sangue, proveniente dos seus lábios. Ele cambaleia para trás mas depressa se apercebe da presença, mesmo à sua frente, do seu adversário e retribui.
O rapaz dá uma volta completa ao seu próprio corpo e leva a planta do pé de encontro ao abdómen do mais velho. O impacto do pé com o corpo forte do homem faz com os seus pés deixem de tocar no chão e ele voe para trás.
As suas costas batem contra uma estante de madeira que, devido ao seu grande número de anos, desfaz-se fazendo com que os objectos contidos na mesma, caiam ao chão.
O tilintar de objectos a cair no chão faz-se ouvir pela velha casa.
O rapaz leva a sua mão à cara, que sai vermelha devido ao sangue derramado. Aproveitando que o homem está deitado no meio de todos aqueles detritos, ele massaja a zona com o intuito de fazer com que a dor passe. Ou pelo menos que alivie um pouco.
Mesmo com a dor, o homem não desiste. Ele pega em metade de uma jarra ( que se partiu na queda), e lança em direcção ao rapaz que, apercebendo-se do perigo, se agacha no mesmo momento em que a jarra passa a voar, perto da sua cara.
O homem levanta-se irritado e lançasse novamente na direcção do mais novo.
Novos golpes são deferidos entre eles, mas, no momento exato, o rapaz agarra o punho do seu adversário com força e prende o seu braço atrás das costas. O homem tenta soltar-se mas no processo acaba por piorar a situação e num movimento brusco o mais novo consegue deitá-lo ao chão.
Vitorioso, o rapaz coloca o seu pé sobre o peito do homem que nesse momento, acaba por soltar um riso repentino.
- Explica-me porque é que continuamos com estes treinos? - pergunta.
O rapaz retira o pé e estica a sua mão, enquanto retribui o sorriso.
- Porque tu sabes que vais ser muito bem recompensado pela ajuda que me estás a dar. - responde ao mesmo tempo que o homem alcança a sua mão e, com a sua ajuda, se levanta.
- Se continuares assim, em breve estarás pronto.
O rapaz leva mais uma vez a sua mão à zona da boca. Ainda que menos do que à pouco, os seus dedos voltam a trazer algum sangue. Ele limpa os dedos desajeitadamente às calças e responde.
- É o que eu mais quero.
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Olá ^-^
Voltei mais cedo do que previa, e porquê? Porque hoje é um dia "especial". Hoje, dia 16 de Outubro, faz um ano que eu comecei a publicar esta história.
Eu achei que tinha que fazer uma pequena coisinha para "celebrar" esta data então cá está o prólogo.
O que é que acharam deste prólogo?
Quero saber as vossas teorias!!!
Então é isto.
Até breve *-*
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The Guardian - The Discovery of a New World (Livro 2)
ParanormalUm ano pode mudar muita coisa na vida de alguém, que o diga Rebekah Campbell. No espaço de um ano, descobriu coisas sobre si mesma que pensava serem impossíveis. Ela conseguiu abrir o portal e agora tem todo um novo mundo para descobrir. O problem...