Prólogo

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  A cada passo que ele dava, um novo rangido fazia-se ouvir

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  A cada passo que ele dava, um novo rangido fazia-se ouvir.

  As escadas de madeira eram velhas, tal como toda aquela casa digna de um filme de terror. No ar emanava o cheiro a mofo e, juntamente com a humidade das paredes e a camada de pó que cobria, quase por completo, os móveis, dava para perceber que a casa já não era habitada há anos.

  O rapaz transportava, bem apertada por entre as suas mãos, uma estaca, e notava-se pela sua expressão que estava pronto para atacar a qualquer momento.

  Escondido na penumbra, encontrava-se um homem um pouco mais velho que ele, à sua espera. Ambos se perseguiam mutuamente como se fossem inimigos mortais.

  Assim que o pé do rapaz toca o último degrau, o homem corre até ele, revelando o seu esconderijo. O rapaz olha para ele durante alguns segundos, surpreso, mas depressa se recompõe e lança-se na sua direcção.

  Eles trocam vários golpes mas cada um se defende com precisão e mestria. É como se previssem os movimentos um do outro.

  Num movimento repentino, o mais velho consegue acertar em cheio na cara do rapaz.

  A estaca cai ao chão, e a sua boca é tomada pelo gosto metálico do sangue, proveniente dos seus lábios. Ele cambaleia para trás mas depressa se apercebe da presença, mesmo à sua frente, do seu adversário e retribui.

  O rapaz dá uma volta completa ao seu próprio corpo e leva a planta do pé de encontro ao abdómen do mais velho. O impacto do pé com o corpo forte do homem faz com os seus pés deixem de tocar no chão e ele voe para trás.

  As suas costas batem contra uma estante de madeira que, devido ao seu grande número de anos, desfaz-se fazendo com que os objectos contidos na mesma, caiam ao chão.

  O tilintar de objectos a cair no chão faz-se ouvir pela velha casa.

  O rapaz leva a sua mão à cara, que sai vermelha devido ao sangue derramado. Aproveitando que o homem está deitado no meio de todos aqueles detritos, ele massaja a zona com o intuito de fazer com que a dor passe. Ou pelo menos que alivie um pouco. 

  Mesmo com a dor, o homem não desiste. Ele pega em metade de uma jarra ( que se partiu na queda), e lança em direcção ao rapaz que, apercebendo-se do perigo, se agacha no mesmo momento em que a jarra passa a voar, perto da sua cara.

  O homem levanta-se irritado e lançasse novamente na direcção do mais novo.

  Novos golpes são deferidos entre eles, mas, no momento exato, o rapaz agarra o punho do seu adversário com força e prende o seu braço atrás das costas. O homem tenta soltar-se mas no processo acaba por piorar a situação e num movimento brusco o mais novo consegue deitá-lo ao chão.

  Vitorioso, o rapaz coloca o seu pé sobre o peito do homem que nesse momento, acaba por soltar um riso repentino.

- Explica-me porque é que continuamos com estes treinos? - pergunta.

  O rapaz retira o pé e estica a sua mão, enquanto retribui o sorriso.

- Porque tu sabes que vais ser muito bem recompensado pela ajuda que me estás a dar. - responde ao mesmo tempo que o homem alcança a sua mão e, com a sua ajuda, se levanta.

- Se continuares assim, em breve estarás pronto.

  O rapaz leva mais uma vez a sua mão à zona da boca. Ainda que menos do que à pouco, os seus dedos voltam a trazer algum sangue. Ele limpa os dedos desajeitadamente às calças e responde.

- É o que eu mais quero. 




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Olá ^-^

Voltei mais cedo do que previa, e porquê? Porque hoje é um dia "especial". Hoje, dia 16 de Outubro, faz um ano que eu comecei a publicar esta história. 

Eu achei que tinha que fazer uma pequena coisinha para  "celebrar" esta data então cá está o prólogo. 


O que é que acharam deste prólogo? 

Quero saber as vossas teorias!!!


Então é isto.

Até breve *-*


The Guardian - The Discovery of a New World (Livro 2)Where stories live. Discover now