Capítulo 26

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  O rosto da mulher de cabelos negros mantém uma expressão sorridente quando a porta do quarto de hospital se fecha

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  O rosto da mulher de cabelos negros mantém uma expressão sorridente quando a porta do quarto de hospital se fecha.

  A despreocupação por parte do meu pai e do Alec em deixarem-me sozinha com uma desconhecida é bastante suspeita e só me leva a pensar de que ela não é, de todo, uma desconhecida e que eles sabem muito bem  o que é que ela faz aqui.

  Ela não perde tempo e aproxima-se da minha cama. É impossível não reparar na pasta preta que esta segura na sua mão direita, e, ainda mais impossível de não reparar - apesar de ser relativamente mais pequeno - no seu anel. Cinzento como a prata, adornado com uma pedra negra e quadrada. Um anel que só Guardiões possuem.

  Antes que eu tenha tempo de perguntar o que quer que seja, ela apresenta-se.

- O meu nome é Jenna Davies. - ela estica-me a sua mão na minha direção, num gesto formal. - E sou psicóloga. - estava prestes a esticar a minha mão para a cumprimentar quando a ouço dizer que é psicóloga. A minha mão retraiu-se imediatamente e limito-me a encará-la. Ela apercebe-se e baixa a sua mão, prosseguindo com o seu discurso. - És a Rebekah, certo?

  Uma vez a Elena, a minha tia, tinha-me contado que os Guardiões encontram-se em todo o lado. São uma espécie de agentes secretos, prontos a intervir sempre que for preciso e impedir que a existência dos Volks se torne mais do que um mito. Como tal, se existem médicos ou até mesmo policias para tratar destes assuntos sem que se tornem notícia no jornal da noite, também tinham de existir pessoas especializadas em lidar com os traumas dos Guardiões. Alguém que ajudasse e não alguém que também ficasse traumatizado depois de histórias como esta. 

  O problema aqui é que eu não tenho nenhum trauma. Quer dizer, eu não vou mentir e dizer que estou completamente bem com o que fiz, mas não é razão para chamarem uma psicóloga. Posso lidar com isto muito bem sozinha.

  Sorrio.

- Não. - minto. - Quarto errado.

  Ela sabe que eu estou a mentir, muito sinceramente nem sei porque me dei ao trabalho de tentar. Ouço-a suspirar e logo depois senta-se no cadeirão ao lado da cama, apoiando a pasta em cima das suas pernas.

- Podemos falar por alguns minutos?

- Nós já estamos a falar, mas agora que pergunta, não! Eu não quero falar consigo. - aponto o meu braço em direção à porta. - Obrigada, mas pode ir.

  Ela solta um novo suspiro e volta a sua atenção para a pasta negra.

- Já me tinham avisado que irias ser um pouquinho difícil. - fala, abrindo a pasta onde se encontram alguns papéis. Tento ver o que é que está lá escrito mas, infelizmente, ainda não tenho visão de super herói, então não consigo ler nada. Após breves segundos de procura ela encontrar o papel que queria e volta a olhar para mim. - Eu sei o que aconteceu e não quero de maneira nenhuma que te sintas mal por estares a falar comigo. Eu estou aqui para te ajudar a ultrapassar isso.

The Guardian - The Discovery of a New World (Livro 2)Where stories live. Discover now