Capítulo XIII - Scobar Secramoll

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ATENÇÃO⚠

(+18)
Alterações foram feitas no capítulo "Sessão de Tortura II". O nome "Esmral Cobralocs" é um anagrama que não ficou bom (confesso que detestei até). Mudei para esse e agora estou satisfeito.

Amora pegou o trem-bala com o pelotão ás cinco horas da manhã, horário de Elisia, a maioria fingindo não se conhecerem para não estragar o disfarce. Todos usavam pontos nos ouvidos. Chegaram a Hesso ás seis horas, cansados de ficarem sentados. Tanto que, quando o trem estacionou na estação, correram para pegar sua bagagem e saírem dali.

A única mulher da equipe era Bleix. Fez par com um novato para fingirem que eram um casal. O rapaz, amedrontado com a presença da Coronel, não sabia como agir e a todo momento fazia menção de pegar a mão de sua superiora, mas por medo de represália, não o fazia. Entediada com a atuação patética do outro, Amora pega em sua mão e finge estar à vontade. Mesmo sendo sua primeira missão secreta, ela estava confiante e não ia colocar tudo á perder, mesmo que a situação não estivesse favorável.

Após passarem pelo check in e detector de metais, Amora desatou a conversar assuntos aleatórios com o recruta, fingindo animação. Os outros soldados se dirigiram para os locais pré-estabelecidos no plano: lojas de souvenires, sentando nos bancos, indo ao banheiro ou pegando táxis, assim como a Coronel e seu mais novo recruta faziam.
Após colocarem a bagagem no porta-malas, se aconchegaram no banco puído.

- Querido, estou muito animada com nossa lua de mel aqui. É tão romântico... - disse Amora, deitando no ombro do rapaz, toda manhosa. O recruta primeiro titubeou, mas depois passou a mão por cima do ombro da superiora.

- Hotel Belladona, por favor - disse o soldado para o taxista. O motorista não esperou outra ordem e decolou com o automóvel preto.

- É a primeira vez de vocês em Hesso? - Perguntou o taxista, com seu sotaque local veloz e entediado.

- Sim, estamos ansiosos para explorar a cidade. - Disse o recruta.

- Nos falaram tão bem da cidade que não pudemos deixar de vir. - Comentou Amora, mais feliz que de costume. O condutor do veículo expirou com desdém. - Algum problema, senhor?

- Não, não. Acho que vão gostar de Hesso - respondeu o outro com uma risadinha maldosa,

O caminho para o hotel foi silencioso, e Amora não perdeu a chance de analisar tudo sob o céu nublado.

A cidade era bem maior que Elisia e uma das maiores de Napoli (Itália do século XXI). Apesar de não ter calçadas rolantes e flores por toda ela, alguns pedestres usavam uma espécie de patins com apenas uma roda.

Todos os habitantes andavam com o nariz em pé, enfiados em suas roupas extravagantes e obscuras. Nada escapava dos tons pretos e púrpura, inclusive maquiagem, cabelos e automóveis. Caminhavam apressados, diferente da tranquila passada dos elisianos, além de não se cumprimentarem quase nunca.
Ninguém usava note nas ruas. Algumas se arriscavam a usar seu talker, mas logo guardavam em algum bolso escondido nas vestes.
A Purificadora também notou presente um hábito que achava que a muito se perderá: o de fumar. Quase todos os adultos podiam ser vistos com um tubinho cinza na boca.

As lojas seguiam o mesmo padrão extravagante dos habitantes, com fachadas em tons escuros, porém chamativos. Os cafés tinham vidros fumê 5 em todas as janelas.
A cidade por si só já passava uma impressão um tanto obscura e até macabra, mas que chamava a atenção de qualquer um que entrasse nela.
A aura de seriedade e desconfiança estava tão presente que era quase palpável.

ElisiaWhere stories live. Discover now