Capítulo XIV - Descrença

72 8 43
                                    

Demorou mas saiu, não é meiximo?
Me perdoem primeiro pela demora, segundo pela parte do romance (que se você chegou até aqui, já notou que eu sou um fiasco. Imagina um demônio desses namorando?).

 Imagina um demônio desses namorando?)

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

O gato sentou em frente ao armário. Os olhos fixos nas portas duplas de madeira.

Novamente, Fabian havia trancado as portas com cadeado de digital e por mais que o animal arranhasse, as portas não abririam.

O Havanna passara e desde então gato ficava grande parte do dia sentado no quarto do rapaz. Patrícia vinha á cada hora para levá-lo à cozinha ou para lhe fazer companhia enquanto tricotava,  porém o bichano tornava a subir quase imediatamente.
Fabe vasculhou o armário diversas vezes á procura de algum animal morto ou brinquedo escondido, mas não encontrou nada.

— Drogaram meu gato! É a única explicação — Patrícia se queixou mais uma vez enquanto tomava café da manhã com o neto. Passou geléia de mirtilo em sua torrada furiosamente enquanto cogitava mil hipóteses para o comportamento estranho do felino. — Desde o último dia de Havanna que ele não sai do seu quarto. Você guardou erva de gato no seu armário?

— Por que diabos eu teria erva de gato no armário, Patrícia? — gargalhou Fabian, mostrando seus dentes falhados.

O humor do garoto melhorara muito desde o feriado: ria por qualquer coisa boba, acordava antes de Patrícia e fazia o café da manhã, cantarolava. Definitivamente, Primo estava fazendo bem para o ele.

— Bom, eu preciso ir. Não quero me atrasar — disse o garoto, pegando sua mochila que repousava no chão. Levantou, deu um beijo grudento na bochecha da avó e correu para a sala.

—Moleque nojento! — gritou a velhinha — Mas Fabian, sua aula só começa em uma hora… — e ouviu o estalido da porta se fechando — Tem alguma coisa acontecendo, não acha, gato?

Porém o bichano subira novamente para o quarto de Fabian. Revirando os olhos, A anciã subiu as escadas e  praguejou á cada degrau que pisava.

O metrô parecia que nunca chegaria ao Jardim do conhecimento. Á cada estação o veículo parecia diminuir mais a velocidade.

Assim que as portas metálicas se abriram para o bairro educacional, Fabe saltou para fora e andou á passos largos em direção à Jolie, passando pelas escolas suntuosas sem olhar para os lados.

Ao se aproximar da instituição que frequentava, imediatamente encontrou Primo parado nas escadas de entrada. O homem musculoso havia aparado a barba e ao pôr os olhos no rapaz, a boca se torceu em um sorriso contido.

Fabian apertou o passo e só respirou quando parou ao lado do professor.

— Te desejo um bom dia. Nós ainda temos quarenta e sete minutos — comentou Primo, consultando o relógio no pulso — Chegou rápido hoje. Desjejuou? Se quiser podemos ir na praça de alimentação e…

ElisiaWhere stories live. Discover now