Relacionamento Amoroso- Parte I

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O tema que causou - me resistência na roda da vida: Relacionamento amoroso.

E por quê?

Nem eu saberia dizer!

Nunca fui uma menina muito NAMORADEIRA, na época da escola nem pensava nisso, meu negócio eram os estudos e isso sempre foi muito claro em minha mente.

Também nunca fui aquela amiga que fazia o que as amigas queriam.

Lembro-me que lá pela quinta ou sexta série, uma amiga arrumou um "esquema" pra mim e queria que eu ficasse com um menino, respondi que não, não e não.

Ela falou: Palloma, mas já falei com o menino, ele está te esperando, vai amiga.

E eu respondi algo do tipo: Vá você, não mandei fazer esquema nenhum.

E fui embora!

É nesse tipo de situação que muitas meninas dão o seu primeiro beijo, mas não foi assim comigo.

A adolescência é uma fase de mudanças e descobertas, nessa fase para os meninos as meninas deixam de ser "frescas" para serem atraentes.

E para as meninas os meninos deixam de ser "esquisitos" e passam a ser atraentes.

Algum tempo depois um menino da minha sala se apaixonou por mim, ele desenhava muito bem e um dia me desenhou.

Quando ele mostrou - me e quando percebi que ele estava apaixonado, friamente já pensei " em hipótese alguma ficarei com menino da minha sala" era quase uma regra para mim, quer dizer era uma regra mesmo.

Regras da cabeça da Palloma, número 1002: Proibido ficar com menino da mesma sala.

Eu já pensava:  e se terminar? Estudando na mesma sala? O clima ficará chato, e se me atrapalhar nos estudos? Aliás ele nem é bom aluno e não era atraente ( para mim os meninos ainda eram esquisitos).

Não saberia lidar com essa situação! Logo nem bola dei pro menino, que tinha olhos verdes lindos, por sinal.

Sempre fui assim, racional nem sabia se tinha me apaixonado ou não pois era o cérebro que decidia primeiro.

Na escola tive outros admiradores, recebi algumas cartinhas ( que rasgava friamente quando recebia).

Não costuma ser insensível com as pessoas mas quando o assunto era esse, eu era. Talvez fosse resistência ou até mesmo medo de viver um relacionamento.

Eu não me sentia "preparada" e a solução mais inteligente era nem começar nada.

Desejava ( desejo até hoje) que tivesse curso para isso: Como viver um relacionamento saudável, passo a passo.

Mas não tem, a gente aprende vivendo!

Minha mãe não me proibia de namorar, logo quando fiz uns 15 anos ela me disse:

- Filha, não te proíbo de namorar porque sei que isso é pior, quem quer acaba fazendo escondido e eu não quero isso para você. Então, quando você quiser namorar só precisa me falar com quem, pois quero acompanhar, mas não irei proibir.

Quando eu falava isso na escola, as meninas queriam morrer: como assim sua mãe deixa você namorar e você não namora? A minha não deixa!

Talvez a liberdade que a minha mãe me deu, não me fez ter ansiedade para viver um namoro tão cedo.

Só sei que não vivi tendo apaixonites agudas como era costume na escola.

Até que um dia, ainda adolescente entendi o que fazia meu interesse vir vir a tona.

Antes e Depois Da TerapiaWhere stories live. Discover now