Prólogo

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2 de agosto de 2018.

Nova York, Nova York.

Não havia a menor condição de Bree dormir.

Ela sentia os olhos arderem de cansaço. Mas não conseguia calar sua mente. Ela o ouvia ressonar ao seu lado, e o som da respiração pesada era mais calmante do que a playlist de pianos tranquilizantes que tocava nos seus fones de ouvido.

Mas não havia a menor condição de dormir.

Ele estava plácido, no décimo nono sono, com o braço estendido, a mão quase a alcançando. Era como uma pintura cuidadosamente criada, traço por traço. A beleza dele só piorava tudo.

Ela não podia dormir.

Pela milésima vez, os dois tinham ficado juntos. Pela milésima vez, ela não havia sido capaz de resistir. Não achava que seria capaz, nunca nessa vida.

Ela não podia ficar. Ela nem devia estar ali.

Mas não queria fechar os olhos. Precisava gravar dentro dela a visão dos cabelos loiros dele espalhados pela testa, da boca entreaberta e do peito subindo e descendo.

Precisava guardá-lo assim. Seu castelo de areia antes de a onda levar.

E a onda sempre levava.

Castelos de AreiaHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin