A militante

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Cheguei na sala de aula, era um professor novo que ninguém conhecia. Não sabia aonde me sentar, era a mais feia e não tinha amigos. Yuri já tinha terminado os estudos, ele é tão velho que chega ta ficando calvo.

Minhas amigas Andressa Urach, Gretchen e Inês me chamaram pra sentar com elas na primeira fileira da sala. Botamos o assunto em dias até o professor chegar.

CARACA ERA O DACIOLO.

Eu estou apaixonada pelo meu professor.

Será que ele quer fazer de mim a lolly dele?

Ta, talvez não esteja apaixonada, mas eu quero ele.

A diretora Marina entrou logo depois dele e o apresentou para nós com a sua voz de dinossauro velho.

- A paz do Senhor pros irmãos.

- Amém.

- Glórias a Deus. Hoje iremos aprender, aleluias, sobre genética. Alguém sabe o que é genética? - o nerd da sala levantou a mão. - Esquece, porque o homem não entende da ciência, só Deus, aleluia.

Na hora da chamada, quando ele chamou meu nome eu respondi:

- Yes, daddy.

E por causa disso ele me pediu pra ficar depois da aula. Eta que hoje tem.

- S/n, certo? - perguntou quando me aproximei da sua mesa após todos os alunos saírem. Confirmei com a cabeça mordendo o lábio tentando parecer sexy. - O que houve com o seu pai?

- O que?

- Eu entendo que você veja uma figura paterna em mim, ou em qualquer homem, mas não se pode chamar qualquer homem por aí de "papai". Precisa orar mais e vigiar mais, existem homens com a mente suja nesse mundo - infelizmente o Daciolo não era um desses homens.

- Uhum, tendi, tchau beijos - sai quase que correndo da sua sala sentindo o meu rosto queimar.

Eu sou muito vacilona, bixo.