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Corri em direção a Renan que estava na porta de minha casa. Ele havia chegado de viagem e tinha prometido me pagar o pastel com caldo de cana que estava me devendo.

- Vamos logo - o puxei pelo braço até a biz dele.

- Eu estava esperando um beijo.

- E eu um bebê, mas abortei.

- O que?

- Eu piloto - subi na moto e a liguei.

- Nada disso, eu quero morrer salvando o Lula, não porque você não sabe pilotar uma moto.

- Me ensina que eu aprendo.

- Talvez depois. Sai dai - me empurro e subiu na moto.

Emburrei e subi na moto.

Ele pilotou até o Alemão e parou em frente a uma lanchonete

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Ele pilotou até o Alemão e parou em frente a uma lanchonete.

Desci e fui na frente. Eu ia falir esse desgraçado também. Só de pirraça.

- Me ver dez pastéis de camarão e doze de frango com catupiry, quero uma garrafa de dois litros de caldo de cana também.

- Caraca mas você é muito escrota - me puxou pelo braço.

ELE TA PARTINDO PRA AGRESSÃO.

- Por favor não raspa meu cabelo - pedi quase chorando.

- Você ta me falindo, sua filha do Temer.

- Você não me deixou pilotar a bizinha.

- Você não sabe pilotar uma moto.

- Mas tudo a gente aprende na prática.

- Você pode aprender na prática, mas bem longe de mim.

Comecei a chorar. Todo mundo que estava na lanchonete começou a nos olhar. Renan suspirava tentando me acalmar. Por fim ele me levou para fora e me abraçou enquanto eu soluçava.

Quando eu finalmente parei de chorar e o olhei.

- Você está grávida?

A militanteWhere stories live. Discover now