A militante

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Estava em uma sorveteria tomando um sorvetinho que minha mãe tanto insistiu. Finalmente estava tomando um tempo só para mim.

Sem Renan. Sem Yuri.

Apenas eu e o maravilhoso sorvete de kiwi. E talvez o baseado que eu fumei antes de vir.

Apertei os olhos enxergando Renan Bolsonaro de mãos dadas com uma garota.

Observando melhor, aquela garota era a filha da Maria do Rosário. Maria Laura.

Quando Renan me viu, seus olhos arregalaram e ele soltou rapidamente a mão de Maria Laura. Até que ele lembrou que não tínhamos mais nada e voltou a segurar. Maria o olhou sem entender mas logo deu um sorriso.

CACETE ELES ESTÃO VINDO PRA CÁ.

ELES ESTÃO A SE ENCAMINHAR PARA CÁ.

- S/n, o que faz aqui?

- Tomando sorvete - sorri irônica levantando meu copo se sorvete.

- Ainda tem cabelo, bacana - ele devolveu no mesmo tom. - Essa é a Maria Laura, estamos saindo.

- Só Laura, por favor - ela sorriu estendendo sua mão.

- Prazer, s/n - apertei. APERTEI. Sua mão.

Laura puxou sua mão e olhou pra Renan.

- Eu vou lá dentro fazer nossos pedidos - eles se beijaram rapidamente e eu fiz uma careta.

Renan me olhou e se sentou a minha frente.

- Não precisamos nos odiar, s/n.

- Eu sei, desculpa...

- Temos que libertar o Lula ainda.

- Só estou esperando a Dilma me ligar...

- Então assim que ela entrar em contato você venha me procurar, certo?! Não quero ficar de fora - concordei com a cabeça. - Está sozinha?

- Não, estou com a minha amiga a... - avistei minha vizinha saindo de dentro da sorveteria. - Vitoria - gritei e a mesma me olhando. - Guardei seu lugar - a mesma veio até mim confusa e eu olhei pra Renan o expulsando com a mão. - Chispa daqui.